A calmaria antes da tempestade

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Músicas:
Harry Styles - Every Since New York (começo)
Paramore - Misguided Ghosts (meio)
Dean Lewis - Waves acoustic
(final)

As folhas das árvores balançavam com o vento, que trazia o cheiro doce uma mistura de flores, frutas e grama, típico de um final de tarde durante o verão.
Havia uma garota de cabelos vermelhos sentada na grama debaixo de uma das árvores. O seu cabelo balançava junto ao vento também assim como as folhas. Algumas estrelas já começavam aparecer brilhando, o pôr do sol coloria o céu entre laranja, lilás e azul escuro do anoitecer.

A garota de cabelos vermelhos observava, pessoas caminhando, famílias felizes passeando, casais se beijando, crianças correndo. Se sentia triste com a cena. Mesmo assim ela desenhava em um bloco, olhava cada detalhe, desde as nuvens aos enormes imponentes prédios que se erguiam no céu, para onde se pudesse olhar.

Ao seu lado o celular brilhava exibindo o nome "rebekah" na tela. Ela continuava a desenhar perdida em seus próprios pensamentos, sentia como se fosse a única coisa que a acalmasse. Seus momentos de paz. Só percebendo as ligações perdidas alguns minutos mais tarde. Murmurando xingamentos para si mesma, ela retornou as ligações.

- Hope?? Onde diabos você está? Já é a sétima vez que ligo, já estava começando a ficar preocupada. - Disse a voz da mulher apreensiva do outro.

- Desculpa, tia Rebekah. Eu estava tão concentrada, não vi as ligações. E estou no Central Park como sempre. Aconteceu alguma coisa?

- Sim e não. Ouve outro ataque essa manhã, um vampiro foi morto dessa vez. Foi quase impossível fazer o reconhecimento. Marcel está tendo problemas em tentar contornar a situação. Se continuar assim nós teremos mais problemas, os clãs já estão começando a jogar a culpa um no outro.

- Vocês precisam de ajuda? Não conseguem ter uma ideia de quem seja? - Hope rabiscava em um canto de uma das páginas.

- Não. Os ataques são rápidos e não possuem um padrão e fica difícil dizer exatamente o que é ou quem é, mas é algo sobrenatural, um humano dificilmente atacaria tantas criaturas sobrenaturais assim e sobreviveria. E não, é muito perigoso para você se envolver.

- Ok. Ok. Só queria ajudar. Vou terminar isso aqui e já vou para casa. - Disse a garota já se levantando.

- Ótimo. Não demore muito, eu sei que você sabe se cuidar mas mesmo assim, tome cuidado. E talvez eu demore para chegar, preciso resolver algumas coisas hoje a noite.

- hmmm alguém tem um jantar romântico com Marcel. - Sorrindo para si mesma falou, enquanto recolhia suas coisas.

- Irei fingir que essa conversa nunca existiu. E bem que queríamos, mas todo esse drama não nos deixa mais que alguns minutos de paz. Caroline Forbes aparentemente resolveu que precisa muito me ver. Não é exatamente como planejei passar minha sexta feira.

- Ok agora estou realmente confusa. Caroline Forbes. Caroline mãe da lizzie e da....josie?

- Bom que eu saiba ainda não apareceu nenhuma outra duplicata dela por aí, graças a deus. Enfim tenho que ir agora, vai ser uma longa noite. E não demore.

- Mas...- A linha ficou muda.

Hope ficou encarando o telefone por alguns segundos. Não poderia ser nada demais, poderia? Tudo que pensava era o que poderia ter acontecido, talvez algo com Josie ou Lizzie ou claro algum dos amigos que deixou na escola Salvatore. Ela deixará muitos amigos para traz, ela se arrependia, mas fizera sua escolha.

E não é como se fosse infeliz em Nova York, gostava da cidade, de morar com a tia Rebekah e o tio Marcel. Mas sentia falta de poder correr livre em forma de lobo pela floresta e claro era obvio Nova York não possuía nada além de prédios, e claro o Central Park, mas seria uma coisa muito estupida de se fazer. Sentia falta dos amigos que deixou para traz em New Orleans, em Mystic Falls. Da sua família reunida. Mesmo depois de quase um ano e meio ela ainda se culpava. Não, ela jamais voltaria para lá. Balançou a cabeça afastando os pensamentos e os sentimentos que tentou esmagar. Colocando todas as suas coisas dentro da mochila e saindo do parque andando algumas quadras até onde sua moto estava estacionada, pensando em como Nova York a irritava as vezes, não é fácil encontrar uma vaga em qualquer lugar da cidade.

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