Poeira e Cinzas de Outrora

A Chegada do Soberano Draconiano e Início do Encontro entre Soberanos

"Ele sempre chega e desaparece tão rapidamente..."

Disse Kummi enquanto olhava na direção da porta, em tom nem muito alto e nem muito baixo.

"Pequeno irmão, Zephyr é sem dúvidas bem mais ocupado que nós dois... Talvez ele seja o Ser mais atarefado que vamos vir a conhecer... Afinal, não é sempre que um monstro como ele habita o nosso Universo, eu realmente tenho grandes expectativas para os feitos desse jovem, e é claro, dos seus também! HAHAHAHAHAHAHA!"

"Eu sei bem os meus limites, meu irmão, e dificilmente eu vou chegar ao nível de alguém como Zephyr..."

Nesse momento, Morvias lançou um olhar interessado em seu irmão mais novo, e então disse em tom mais sério:

"Kummi, o que te torna alguém forte não é o talento, não é o dom. O que torna alguém forte, é o quanto ele se esforça, e o quanto ele deseja proteger algo. Você e eu sabemos o que Zephyr já fez para se certificar da segurança de Joane e o quão longe ele já foi, não é?"

Nesse momento, Kummi não disse nada, e ele nem ao menos precisava dizer, seu olhar já dizia tudo. Morvias ficou de frente para seu irmão mais novo, segurou com suas mãos grandes e fortes e com um grande sorriso disse em voz alta algo que seu irmão lembraria para sempre:

"Este Universo cruel vai tentar sempre te quebrar e te fazer ficar deitado no fundo do poço, como as ondas frias do maior oceano que desejam sempre te abraçar e assim trazer você para a sua enorme boca, para que você então, veja sua vida se esvair de você lentamente, sem haver nenhuma possível maneira de gritar por socorro, e tendo apenas as profundezas escuras e assombradas, onde nem mesmo pode-se ver um palmo a sua frente. Porém, o mal jamais vai te colocar pra baixo enquanto você acreditar, não deixe que palavras façam você parar de perseguir o que você mais almeja. Apenas você tem o poder para mudar seu destino, e essa esperança é algo que apenas você pode criar. A vida é o nosso próprio campo de batalha, nossa alma, é a nossa espada que teremos que carregar eternamente, e a sua vontade, é o escudo que assim como seu coração, deve permanecer inquebrável e inabalável"

Percebendo as lágrimas escorrendo no rosto de seu irmão mais novo, Morvias o abraçou e assim ficaram por algumas horas. Sem nada ser dito, apenas o silêncio permaneceu ali.

...

Dois dias depois, Morvias e Kummi partiram para o planeta Élfico.

...

Na sala de Reunião, dentro do Planeta Élfico.

...

"Com licença! Desculpa a invasão desse saco de velhos ossos! HAHAHAHAHAHAHA!"

"Morvias! Kummi! HAHAHAHAHAHAHAHA! Quanto tempo!"

"Lars!"

Então os dois Soberanos se encontraram em um abraço forte e apertado, como dois antigos amigos de infância fariam.

Morvias após rever seu antigo parceiro de batalha se virou para Joane, a Soberana Branca e disse de maneira formal:

"Joane! a cada vez que nos vemos você está mais e mais bela! Ah, como eu, esse velho saco de ossos apodrecendo posso me portar diante de uma dama tão elegante?!"

Joane então com um sorriso adorável disse com seu tom bastante elegante:

"Morvias, não diga que você é um saco de ossos velho! Se você fosse não seria capaz de proteger seu povo e ser o favorito até mesmo para o povo Divino... Sabe, não são todos os Soberanos que podem seguramente se portar assim diante dos Divinos, ainda mais agora, que estamos cada vez mais próximos de outro conflito..."

A expressão no rosto de Joane era de um leve beicinho, como se fosse uma jovem garota incomodada com uma provocação de um colega de classe.

"HAHAHAHAHAHAHAHA! Bom, então eu não direi mais tais palavras! Então, podemos começar esse Encontro?"

Lars junto de sua irmã se sentaram, e em seguida a Soberana Branca acompanhada de Zephyr, Joane e por ultimo, Morvias e Kummi.

E com sua voz quase tão poderosa quanto de Morvias, Lars disse com um olhar resoluto:

"De fato, podemos!"