Viver de forma estranha foi características fortes da minha existência. Sem amigos e familia, tudo era fora do lugar, a forma como as pessoas me olhavam, a sensação de está sendo seguida, a sensação de desconforto e palavras que na minha cabeça gritavam nas noites, dizendo: "Você não pertece a esse mundo!". Sempre achei que fosse coisa da minha cabeça que só era um pesadelo ruim, que me assustava por causa da ausência de tudo e todos. Eu não aguentava mais segurar a sensação ruim que estava dentro de mim, a forma de como eu engolia seco a sensação que tudo me trazia agora. Eu preciso fazer alguma coisa. Mais tarde descobrir que não podia.
— Bem-vinda Ahmya. – O moreno de olhos azul turquesa estava em sua postura firme e fazia vista grossa, como se estivesse me analisando.
— Quem é você? – Pergunto tentando não demonstrar tanto medo.
— E o que querem de mim?
— Acho que você ainda não entendeu – Ele se aproximou de mim deixando nossos rostos em centímetros de distância. — Não é o que nós queremos de você e sim o que você deve fazer por nós. – Ele se afastou.
— E o que vocês querem que eu faça?
— Não é fácil. – Aonde ele quer chegar?
— Então eu tenho uma condição. – Falei.
Escuto o brutamonte bufar atrás de mim e o moreno na minha frente faz vista grossa.
— Você não está em condições de pedir nada Ahmya. – Seu tom era aborrecido.
— Como você sabe o meu nome?
— Eu sei tudo sobre você.
— QUEM SÃO VOCÊS?! – Gritei e ele revirou os olhos.
— Quando chegar a hora você vai saber.
— E quando isso irá acontecer? – Perguntei esperançosa. Ele caminha até a enorme mesa que estava na nossa frente apoiando suas mãos nelas. E sem dizer uma palavra seus surbodinados começaram a se mexer pegando a grande maleta que carregavam mais cedo trazendo até perto de mim.
— O que vocês vão fazer? – Começo a tremer quando vejo o que tem dentro da maleta. Facas pequenas com simbulos estranhos, agulhas de variados tamanhos e correntes de aço. Um deles pega a agulha balaçando o líquido que estava dentro.
— Vocês não vão colocar isso em mim!
— Não temos muito tempo acabem com isso logo. – O moreno de olhos azuis ordena enquanto olhava o céu pela claraboia do cômodo.
— Não! P-por favor não faça isso. – Falo entre os berros e lágrimas que invadiam a minha boca deixando-a salgada alimentava a minha tensão. Um dos homens segurou minha coxa apertando de um forma estranhamente forte, sem parecer que estava fazendo algum esforço já com a agulha na mão ele falou:
— Bons sonhos!
Então eu gritei quando a agulha invadiu brutamente a minha perna, derramando um líquido que chegava a queimar por dentro me deixando tonta, enquanto eu perdia a consciência e a minha visão olhei para o moreno de olhos azuis que nem sequer ousou olhar o que os brutamontes estavam me ferindo e falei:
— Levi... – Vi seus olhos encontrar os meus e assim fui fechando os olhos, perdendo a consciência e o meu limite.Quem é ele?
•••
Me levanto cedo, o dia estava frio como de costume e o vento forte por fora da janela estava conturbado.
Meus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo, descalça e pijama.
É uma pena que eu tenha que sair.
Em minutos saiu agasalhada e disposta até a cafeteria mais próxima ao encontro do café mais quente.
Já na fila, muitas pessoas a espera dos seus pedidos, eu, a quarta pessoa com calafrios na espinha ao aguardo.
Talvez eu pegue um resfriado?
Com o meu pedido atendido, me sento no fundo do estabelecimento virada de costas pra todos, mas de frente pra parede.
Aqueço meu corpo com goles grandes de café, mas minha espinha ainda me causava calafrios, minhas mãos congelam e sentia minhas pernas adormecerem.
Fecho os olhos e respiro fundo, segurando forte a xícara de café quente na minha mão.
Talvez eu precise ir ao médico.
Mas na verdade eu previsava fugir!
Caminho em passos largos até a minha casa, com dores no estômago e veias latejando, sensações de está sendo seguida por todos os lados mesmo que eu não estivesse vendo ninguém suspeito.
Tento destrancar a porta mas minhas mãos tremiam, meu corpo adormecido como uma grande anestesia aplicada por toda parte, me agacho e me agarro nas minhas pernas. E mais uma vez sinto minha espinha estremecer, vejo meu corpo suado e minha visão embaçada, procuro por ajuda, mas não vejo ninguém. Reparo em algo suspeito ao meu lado, como uma sombra na parede, me viro mas não vejo ninguém, tento forçar minha visão e vejo um homem ao meu lado.
Por favor me ajude!
Não consigo tirar as palavras da minha boca, o homem alto continuava olhando para mim e eu cada vez mais perdia um pouco mais minha visão enquanto o olhava, implrorei por ajuda novamente, mas não adiantava ele não se movia. Vou perdendo as minhas forças e ganhando fraqueza me deito no chão e observo o homem ao meu lado, estico minha mão até ele e imploro mais uma vez, ele segurou em minha mão e disse: Eu estou aqui!
E assim minhas dores se estabeleceram por todo o meu corpo e fui fechando os olhos lentamente, ao fundo ouço alguém gritar: Levi agora!
E assim escuto passos, vidros quebrando e berros e gritos por todo lugar.
Quem é você Levi?
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PERDIDA
Random[EM ANDAMENTO] Corra contra o tempo. Segredos serão revelados. Não acredite nas mentiras dele. Vá até o fim. Ele está te esperando!