Capítulo 46

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PDV. Cléo
ReservaLR_Souza

Saímos do apartamento de Gil e voltamos pro nosso, Míriam vai direto pro quarto e não demora muito e volta com uma mochila.

- Pra onde vamos?- ela fica calada.

- Ainda não temos certeza... - como assim ela não tem certeza?

- Pensei que a mini mafiosa sabia o que fazer?- ela revira os olhos.

- Dá pra parar de me chamar assim?- tudo bem que agora não é o melhor momento pra brincadeira. - Eles vão vir atrás da gente é uma possibilidade não uma certeza - ela se senta no sofá e pega o controle.

- Você vai assistir Dora aventureira agora?- ela odeia esse desenho.

Na verdade, acho que todo mundo que não sofre de retardo mental deve ter raiva desse desenho, como ela não vê a porta da raposa na frente dela?

Será que ela é míope? Ou cega?

- Não, vou assistir o condomínio - ela bota em um canal e várias partes do condomínio aparecem.

- Sabe a senha do canal de pornô também?- é só uma dúvida, gente não custa nada perguntar.

- A senha é 0000 - olho pra ela confusa.

- Acho bom que a senhorita não tenha assistido nenhum pornô sem mim - Míriam nega com a cabeça.

Ela fico um tempo em silêncio só assistindo as pessoas entrando e saindo do condomínio e passando pelos corredores.

- Eu sabia - praticamente grito quando vejo a velha do 67 jogando o cocô do gato nas plantas.

Míriam nega com a cabeça faz um bom tempo que ela está sentada assistindo TV e até agora nada tinha acontecido eu espero que continue assim.

Tomara que eu tenha errado pela primeira vez.

PDV. Gil

Demorou mais do que eu esperava pra chegar no morro, eu até desconfio do silêncio mais surpresa mesmo foi ver a entrada do morro abandonada, sem nem mesmo um pé de pessoa nem mesmo a velha Josefa tava na janela.

Assim que boto meu pé dentro do morro, um tiro passa raspando meu braço.

- TÁ DOIDO PORRA VAI ME MATAR?- grito pra ninguém específico.

Filho da puta ainda é ruim de mira, vejo um vapor bota a cabeça pra fora da janela.

- Foi mau aí Gil, as coisas na favela tá tenso - disk droga apoia os braços na janela e sorria pra mim.

- Deveria praticar mais tiro, desejo jeito a única coisa que vai matar é mosquito - ele passa a mão na cabeça. - Cadê Cruel?- ele olha em volta.

- Sei não - como assim?

- Quer saber, deixa que eu procuro - coloco minha bolsa no chão e pego meu fuzil.

- Nossa - antes que eu responda alguma coisa o barulho de tiro é ouvido. - Só toma cuido tem homens de viúvo vestido de verme - até parece que eu vou poupar verme.

- Da próxima vez olha antes de apertar o gatilho - ele confirma com a cabeça.

Pela primeira vez tô torcendo pra que o pressentimento de Cléo esteja errado, nunca vi ela errando desde que nos tornamos amigos.

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