Não me deixe contar até cinco.
E logo eu que me deixava levar pela liberdade da vida, amarrei-me a ti sem propósito algum.
Uma batalha perdida.
Talvez esse sentimento venha de modo avassalador para provar pontos até então inexoráveis. Para desafiar o orgulho de quem o negou e continua negando.
Duas batalhas perdidas.
Não estava nos meus planos, por mais que nem planos eu tivesse. Não estava no cronograma, apesar de nada anteriormente ter sido marcado. E talvez não fosse pra acontecer, mas aconteceu.
Três batalhas perdidas.
Quem diria que o karma ia ser tão filho da puta, não é mesmo? E em uma conjuntura de tempo e espaço fosse capaz de tornar o tempo efêmero e o espaço nocivo. Talvez eu só precisasse de um pouco mais...
Quatro batalhas perdidas.
Eu sempre acreditei que eu pudesse controlar tudo que se aplicava diretamente a mim. Eu não esperava encontrar uma Capitu na minha vida.
Essa que chegou e chegou de repente. Não com os olhos de cigana, mas com toda certeza oblíqua e dissimulada. Essa que me deixou sem a proteção construída com muito esforço ao meu redor. Como diria Céu: não pude evitar, tirou meu ar, fiquei sem chão!
Cinco batalhas perdidas.
Eu contei até cinco.
Você ganhou a guerra!
Você só não ficou para comemorar a vitória...
