Um pequeno alfinete prendeu mais uma foto ao grande painel já repleto de outras, em sua frente. Tocando calmamente com a ponta dos dedos cada retrato que ali estava, recordava-se dos momentos que as tirou e cada sensação que sentiu. O sorriso pequeno e quase imperceptível se abria pouco mais conforme as fotos iam mudando. Iam desde momentos cotidianos, como ele indo trabalhar, ou encontrando amigos; à um Soonyoung totalmente nu, cheio de hematomas, tendo suas mãos e seus pés amarrados.
Não importava como, Jeonghan gostava de cada versão do garoto.
Ao olhar para trás, lá estava ele. A obsessão havia feito Jeonghan o seguir por todos os lados possíveis, precisava saber de tudo sobre ele e desejava mais que tudo ter o garoto para si, poder o tocar, brincar com ele, ouvir sua voz, saber seus limites e até onde aguentaria.
Largando calmamente a máquina fotográfica sobre a única mesa do local, andou até o corpo desnudo se sentado à sua frente. E o observou, observou por horas a fio, como se nada mais valesse a pena além de estar ali admirando a beleza de seu hóspede.
Um grunhido de dor foi ouvido, fazendo eco pelo cubículo que se encontravam. O ambiente úmido e totalmente silencioso, possuia em seu interior uma centena de abafadores de som, e nada mais que uma pequena e estreita janela, pela qual entrava o ar que respiravam.
Claustrofóbico, enclausurado, preso. Era assim que SoonYoung se sentia lá. Trancado em uma jaula servindo de distração para um louco, que o estuprava e o espancava incontáveis vezes, mas logo vinha com pedidos de desculpas e declarações de amor fajutas. Via a parede à sua frente se encher a cada dia mais de fotos de si mesmo.
O garoto via os dias passavam bem diante de seus olhos, mas pareciam nunca terem fim, e nem mesmo o fio de esperança que tentou cultivar, de que sairia vivo de lá, lhe parecia suficiente para aguentar o que estava passando.
SoonYoung estava jogado às traças, perdido, se tornando em breve mais um número qualquer na lista de mortes de Jeonghan, apenas mais um de seus brinquedos descartáveis.
Abrindo os olhos devagar, viu a silhueta já muito familiar, parado diante dele, o olhando como se fosse uma obra de arte, era tão macabro que o aterrorizava, os olhos dele pareciam nem sequer piscar.
― Achei que não se acordaria... ― a voz doce e amena ecoou em sua mente por alguns segundos ― Estava com saudade de ver esses olhinhos me olhando com tanto medo. Será que te assusto?
SoonYoung apenas ficou calado, era óbvio que ele o assustava, ele o aterrorizava! Mas apenas continuou ali, parado e o olhando com muito medo do que poderia se suceder. Jeonghan se sentou sobre os calcanhares e passou a mão pelo rosto totalmente machucado do garoto, o olhando fascinado.
― Sabe, hoje eu te darei liberdade...
Foi apenas o que disse, antes de segurar os cabelos negros de SoonYoung entre os dedos e os puxou com força para trás, deixando beijos e mordidas extremamente fortes no seu pescoço agora exposto dele. O garoto choramingou, não podia ao menos se defender, e o pânico tomou conta do seu corpo frágil, as lágrimas aos poucos começaram a se formar em seus olhos, a cada toque de Jeonghan em si.
O louco parecia que estava se despedindo de sua presa, o que apenas aumentou as certezas de que Kwon não sairia dali vivo.
Depois de ser abusado, em uma nojenta tentativa de despedida, viu Jeonghan caminhar de volta para a mesa, e procurar algo concentrado demais. Soonyoung acabou vomitando, mesmo que não tivesse nada além de suco gástrico em seu estômago. Ele sabia que ou seria morto, ou morreria de fome e frio, e no momento estava aceitando qualquer uma das duas opções.
Quando sentiu o primeiro golpe lhe atingir, viu a face concentrada de Jeonghan, e apenas aquela seria sua última visão. O objeto foi escolhido com cuidado, mesmo que quisesse o dar liberdade, ainda assim queria o fazer gritar de dor e poder se deliciar com a melodia macabra.
O sangue começava a escorrer, e aos poucos as gotas se juntavam umas com as outras, formando uma enorme poça vermelha ao redor o corpo do garoto. Contudo, o Yoon não parava, para ele não parecia ser o bastante e nem mesmo a luz do sol lá fora o impediam de tal ato.
Foram um, dois, três...
Os golpes ficam mais fortes e com cada vez mais raiva. A dor insuportável o fez ter perdido a consciência, mas ainda assim o martelo voltou a tocar a cabeça de Soonyoung com mais força dessa vez, afinal ainda respirava, ou tentava, e Jeonghan odiava essa resistência que o garoto tinha em não morrer.
Porém o coração que batia fraco, estava aos poucos perdendo completamente a vida.
E foram horas de tortura, socos e chutes, antes que finalmente pudesse se ver livre daquele inferno. Jeonghan havia quebrado as costelas já trincadas dele, que acabaram perfurando seus órgãos, lhe causando uma dor horrível e insuportável, que o fazia desmaiar e voltar a ficar semi-consciente.
As queimaduras causadas pelo ferro quente que ele decidiu que seria ótimo para marcar sua obra, já que apenas o martelo não lhe era suficiente, causavam bolhas enormes, que eram furadas e jorravam seu sangue.
Jogado no canto, agora agonizava em uma convulsão, enquanto Jeonghan o observava dar seus últimos suspiros. O sangue sujava seu rosto angelical, e suas roupas estavam encharcadas pelo mesmo líquido vermelho. O cheiro férreo e insuportável preenchia o lugar que antes era ocupado pelos gritos de dor de Soonyoung, que agora cessaram, inclusive seu corpo ficou imóvel naquele mesmo instante.
A câmera agora se encontrava novamente nas mãos do assassino, tirando vários retratos de sua mais nova obra de arte. Matar Soonyoung o havia excitado, e mesmo que quisesse não poderia deixar de se aliviar, visto que sua ereção lhe incomodava para fazer o próximo passo.
Jeonghan, logo após, saiu de seu porão e adentrou seu quarto, retirando cada peça de roupa que ainda o cobria, deixando com que a água quente do chuveiro lavasse seu corpo, e limpasse parte dos vestígios de SoonYoung de si.
Com seu terno perfeito e bem alinhado, seus lustrosos sapatos sociais e seu cabelo ajeitado da melhor maneira possível, andou pelas ruas segurando uma caixa, indo enviá-la ao destino que ela pertencia.
{...}
A campainha tocou. Seus olhos ainda se obrigavam a ficarem abertos e o cabelo completamente bagunçado de Lee Chan, não o ajudava em nada a esconder a insônia e o estado deplorável que se encontrava desde que seu namorado havia sumido. Abriu a porta com calma e sem encontrar ninguém, estava prestes a fechar a mesma, mas algo ao chão chamou sua atenção. Empurrou a caixa para dentro de sua casa e abriu o pequeno bilhete que havia sobre ela.
No papel, com uma letra perfeitamente escrita estava os dizeres: "Feliz um ano de namoro. Tenha um bom dia, Chan."
Tomado pela curiosidade, abriu a caixa, desmaiando na mesma hora ao ver os membros de seu namorado colocados com todo o cuidado dentro dela, deixando com que sua cabeça fosse a primeira coisa que ele veria.
No fim, Kwon SoonYoung havia se tornado mais um número na lista de vítimas de Jeonghan.
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OI entonces desculpa qualquer coisa!
Presentinho de sexta-feira 13 <3
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Tenha um Bom Dia, Chan
HorrorSoonyoung gritava por liberdade, e Jeonghan havia se cansado dele e estava disposto a dar o que queria, porém da sua maneira preferida. Soonchan || Jeonghan Killer || alerta de gatilho e conteúdo pesado || oneshot