- qual você acha que eu deva usar? - deve ser a milésima vez que questiono minha amiga qual vestido devo colocar, agora estou com um amarelo justo de alça fina e um vermelho de decote coração que é mais solto em baixo, um em cada mão. Minha amiga desvia o olhar do celular e me olha com tédio, com certeza cansada da minha indecisão.
- O vermelho. - ela resmunga voltando os olhos para o celular, me fazendo revirar os olhos em frustração.
- Quando você disse que viria aqui em casa hoje, pensei que fosse para me ajudar a escolher o que vestir.
- Eu tentei te ajudar, mas você não gosta de nada.
- Eu só estou nervosa - me sento na cama ao lado dela, agora recebendo sua total atenção. - Sinto que foi uma péssima ideia ter aceitado ir com ele nesta festa.
- Alexis Carter! - ela grita meu nome alto me fazendo pular com o susto, então fica de pé me olhando como uma mãe que brigar com sua filha rebelde - dá pra você parar de ser tão negativa, você tem finalmente a chance de sair com o cara que você gosta, de mostrar a ele que você gosta de verdade dele e você quer simplesmente desistir por está nervosa?
- Não....- tento me justificar para a louca da minha amiga que está gritando pra Deus e o mundo ouvir, mas ela solta um "xiiii" e me puxa pela mão me levando a frente do espelho.
- Chega, você já falou demais deixa que eu assumo agora.- reviro os olhos mais uma vez mas decido confiar nela e deixar que ela me arrume.
Depois de quase uma hora, e não a exagero nenhum em dizer isso, estou de frente para o espelho admirado meu reflexo, Ana me faz usar o vestido vermelho, a parte de cima com decote coração é mais justa até chegar a cintura ,onde fica solto meu cabelo ruivo rebelde está com cachos bonitos, uma parte presa atrás e alguns fios soltos que caem em meus olhos, ela ainda me fez passar um pouco de Maquiagem nada muito forte, um delineado preto e um batom nude. Tenho que agradecer minha amiga por isso, eu não conseguiria fazer um trabalho tão bom.
- Muito obrigada amiga - a olho pelo espelho e ela sorrir sentada em minha cama. - não sei o que eu seria sem você.
- linda... - ela se põem ao meu lado, com as mãos em meus ombros. - você não seria nada sem euzinha aqui, mas agora mexa essa bunda que seu homem já deve estar chegando. - eu rio com suas escolhas de palavras, mas checo a hora e percebo que ele deve chegar mesmo a qualquer momento.
- Vou indo amiga, depois me conte tudo em. - ela deixa um beijo em minha bochecha, e eu a agradeço mais uma vez pela ajuda, então ela vai embora.
Eu olhava as horas de cinco em cinco segundos, e mesmo assim levei um susto quando ouvi o barulho da buzina do carro de Chase, desci de pressa as escadas e quando cheguei a entrada, vi meus tios cumprimentando Chase, ele foi o primeiro a olhar na minha direção e permaneceu estático assim que me viu, abaixei os olhos envergonhada com a atenção que recebi de repente, ele se aproxima e para a minha frente com as mãos nos bolsos da calça social cinza que está vestindo.
- Você está maravilhosa, ruiva - a voz dele sai rouca e só então olho em seus olhos azuis, me sentindo extremamente envergonhada, ele sorri, e apenas deixo um sorriso tímido em resposta.
- O-obrigada...- falo baixo, me permitindo agora analisar as roupas dele, uma camisa branca social, com os primeiros botões abertos, por dentro da calça social também cinza e um paletó da mesma cor, o conjunto lhe cai tão bem que me pergunto se foi feito sob medida, seus cabelos pretos, os quais sou apaixonada, estão penteados para trás destacando seus olhos azuis - você está lindo, o terno lhe caiu super bem..
Ele sorrir agradecendo o elogio, e passamos um tempo nos encarando sem saber o que dizer um ao outro, até que ouço minha tia fingir uma tosse nos fazendo olhar para ela e tio Jack que nos encaram sorrindo, me sinto mais envergonhada ainda.

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SUPINE (Chase Hudson)
Teen FictionSempre tem aquele que diz "tudo pode mudar em um segundo", essa frase nunca fez tanto sentido na minha vida como agora, em um vôo para los Angeles só penso no tanto que deixei em Londres, amigos, escola, minha mãe. Larguei toda a minha vida, em prol...