63

874 23 1
                                    

POV's Catherine

Olhei pra ele sem entender nada, ele estava sentado na cadeira a minha frente.

- Da pra você falar, estou ficando preocupada com a sua aflição. -Falei

- Não vim no seu aniversário porqueeuestavacomaana. -Ele falou tudo rápido, mas eu entendi

Olhei pra ele um pouco decepcionada, eu sabia que eu tinha uma voz feminina no final da ligação, eu sabia!

Mulher não tem ideia errada.

- Tudo bem. -Ele me olhou sem entender

- "Tudo bem" o que? Fala alguma coisa pelo amor de Deus -Ele me perguntou

- Era tudo fachada mesmo, nós não temos nada! O que eu vou fazer? Me deitar no chão e espernear igual a uma criança?? -Ele ia falar mas interrompi- Eu não sou as garotas que você sai, não sou nenhuma criança! Tudo o que vai acontecer daqui pra frente são consequências dos seus atos. Entendeu?

-Nós não fizemos nada, eu juro. Ela é louca, me chamou pra ir lá e ficou me barrando pra não ir embora. -Ele tentou se explicar

-Todos os seus amigos aqui, menos você. Como você acha que eu me senti com todas essas pessoas aqui, menos você? -Ele abaixou a cabeça- olha pra mim quando eu falo, Caralho.

-Eu posso te recompensar, me perdoa por favor -Ele me olhou em súplica

-É claro que perdoo. -falei

Ele levantou da cadeira e veio para perto de mim, olhei pra ele. Estávamos a centímetros de distância dos nossos rostos, mas eu não ia beija-lo.

-Amanhã mesmo eu vou assinar o contrato, vai ser melhor pra nós dois. Você vai conseguir sua vida de volta e eu mais dinheiro. -Me olhou sem entender

-Mas você disse que não queria nada falso entre nós, que não precisava de um contrato pra namorar comigo, que faria isso sem cobrar nada -Dei risada

-Isso até você se encontrar com a Ana banana -fechei a cara- São tudo consequências dos seus atos. Agora, preciso que você vá embora, tenho mais o que fazer e amanhã temos que sair cedo pra assinar o contrato. Esteja lá as 08:00.

Me virei com a cadeira e levantei, segurei na mão dele e o guiei até a porta. Eu amo ele, mas amo mais a mim mesma. Abri a porta e olhei pra ele, o olhar dele não dizia nada, mas ele estava triste.

-Tchau, Cathe.

-Até, Maloley.

Twitter 》 Nate Maloley 《 Onde histórias criam vida. Descubra agora