『𝑭𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂𝒔 𝑷𝒓𝒐𝒇𝒖𝒏𝒅𝒂𝒔』

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-Onde estou?- Olhando ao seu redor Ban não reconhecia o local de imediato. Percebia que estava em uma densa floresta, escura e mórbida e a medida que andara mais por entre as folhagens se dava conta de que ali era o antigo reino das fadas. 

Olhando o horizonte de árvores cinzas e monótonas, uma silhueta brilhante como um farol de traços femininos  emerge no meio da densa neblina. Estreitando seus olhos, Ban fica cada vez mais curioso em descobrir a identidade da jovem.

-Quem está ai?- Perguntara de imediato esperando alguma resposta.

A jovem que estava parada começara a caminhar em sua direção e instintivamente Ban começa a ir em seu encontro. Não sabia explicar, mas uma força maior o fazia ir. Receoso com o que poderia lhe acontecer, Ban invoca sua Corechouse e se prepara para destroçar o que quer que estivesse vindo. A jovem que antes caminhava, agora começara a se mover mais rápido e desordenadamente e o mesmo acontece com Ban, preparado para apunhalar o que quer seja e antes de desferir o primeiro golpe, todo seu corpo congela e sua única ação foi cair de joelhos pasmo com a aparição a sua frente.

-E...E...ELAINE?!- Olhando para cima sem conseguir acreditar no que via. Sempre sonhara com sua amada, mas hoje era diferente, suas feições sempre alegres e doces estavam tomadas por amargura e dor. Apesar de sentir muita saudade, o que deixava evidente que ainda a amava, Elaine estava estática, aérea, não demonstrava nenhuma emoção. Ban percebera que havia algo errado.

-Elaine o que foi que aconteceu? Já se passou muito tempo desde que... - Ban faz uma pausa em sua fala, lembrando do dia em que perdera Elaine em uma ataque brutal do clã dos demônios. Lembrando-se disso sua reação foi de abraçá-la.

Porém, Elaine se solta do abraço calorosos de Ban e o olha profundamente com desdém e diz:

-Porque me deixou morrer? Você não me amava Ban? Você só queria minha confiança para poder conseguir o que queria?- Sua fala era fria e calma, não havia emoção em seus olhos muito menos em sua palavras.

-Elaine isso não é verdade...- Antes que pudesse terminar sua frase a floresta se tornou mais escura e fria, uma chuva se iniciou e Elaine começava a desaparecer, seu brilho se tornava cada vez mais fraco e a escuridão começara a se alastrar.

-ELAINE!- Ban gritara  em um ato desesperado, corria tentando alcançá-la, mais era impossível.

A chuva ficava mais forte e a floresta começara a engolir Ban, era quase impossível  sair dali. Não conseguia mais ver Elaine, a escuridão já havia tomando conta de tudo,  porém conseguia escutar ela dizendo em seu ouvido- A culpa é sua!

Isso foi como um soco no estomago para Ban, se perguntava  o porquê disso estar acontecendo 

- Porque ela está me culpando? Será que realmente sou o culpado pela sua morte? Eu sou... Deixando a floresta lhe engolir, Ban repetia a todo instante que a culpa era sua.

Ban acordara ofegante e suando muito e olhando ao seu redor via  que tudo não se passara de um terrível pesadelo. Recostando novamente na cama, olhara para o teto tentando entender o sentido daquele pesadelo. Nunca havia experimentado tamanho pesadelo com Elaine, era confuso, não conseguia ver razão por trás de seu pesadelo, mas concluíra que algo maior iria se revelar e que seu pesadelo faria sentido com o passar do tempo.

Cansado de pensar e remoer o doloroso pensamento, Ban resolve ir esfriar sua cabeça em um banho de agua fria e já se preparava para beber o dia inteiro ou não iria suportar ficar consciente o dia inteiro. A bebida era sua aliada em momentos como esses.

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- Bom dia Capitão, Elizabeth. - Cumprimentara a todos que estava no bar, sem animação nenhuma na voz já se sentando no balcão esperando ser servido logo tão cedo.

- Bom dia Ban!- Responderam Elizabeth e Meliodas simultaneamente que logo se entreolharam timidamente. 

-Com o passar do tempo eles estão ficando cada vez mais próximos um do outro.- Pensara Ban, ao ver aquela sincronia mútua.

- Ban você esta bem? Você parece cansando...- Elizabeth sempre foi uma pessoa perceptível e não era de se estranhar sua pergunta.

 -Eu não consegui dormir direito, aquela cama é muito pequena pra  mim- Inventou uma desculpa rápida que, aparentemente, surtiu efeito.

- Entendo o seu desconforto, passo a mesma coisa ao dormir na mesma cama que Meliodas- dizia cruzando seus braços em negação - as correntes que o amarram incomodam bastante.

-Bom princesa, no meu caso um copo bem cheio de cerveja vai melhorar o meu animo.- Disse olhando para Meliodas que, imediatamente, o serviu uma cerveja.

Os pensamento de Ban se voltavam ao seu terrível pesadelo, não entendia o motivo de ter sonhado com algo de tamanha incoerência. Como já havia dito a bebida o ajudaria a esquecer, por hora, sua angústia. 

Enquanto bebia King chegara ao bar, Ban ainda não havia se acostumado a sua nova forma, sempre o via como um velho gordo infantil que vivia em suas costas e sempre implicara com tudo o que fazia. Não podia fazer isso nem aquilo que não se passaria muito tempo sem que King viesse intervir ou discutir ferozmente com ele. Agora ele estava diferente de um jeito que o incomodava profundamente, melhor o irritava de tal maneira que não conseguia não implicar ou chateá-lo  até que os dois começassem a discutir e quase travar um guerra.

Ban não sabia o porquê gostava de ver King perder a cabeça e quase o decepá-lo com sua lança, era um sentimento que o deixava ''vivo'' e pensando nisso ele parte então para suas rotineiras provocações, querendo também esquecer de seu terrível pesadelo.

-To be Continued...

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O Rei e sua RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora