Não sei de onde vem essa vontade de machucar, mas ela está cada vez mais forte. Tive uma infância muito estranha. Passei a maior parte do tempo em casa de parentes. Meus pais não tinham tempo pra mim. Trabalhavam muito. Aos doze anos tive minha primeira experiência sexual com a minha prima, ela tinha onze anos. Começamos brincando, mas eu não consegui parar. Lembro que ela chorou, me empurrou, mas eu era mais forte.
Quando conheci a Kátia logo me apaixonei e quis casar. Ela era doce, frágil. Tão inocente!
Casamos e fomos felizes nos primeiros meses, mas ela engravidou e isso mudou tudo. Só de observar o crescimento da sua barriga me despertava ódio.
Como ela pode fazer isso comigo? Era tão bom apenas nos dois! Passei a judiar dela. Comia na sua frente e não a deixava comer. As vezes eu a mandava dormir no chão sem cobertas.
A menina nasceu e minha raiva aumentou. Talvez se fosse menino eu me confirmasse, mas tinha que ser uma putinha? Foi por essa época que eu comprei um chicote. Bater de mão já não me satisfazia. Eu sempre bati na Kátia sem roupas e em seguida a estrupei. O prazer que sinto nesses momentos não dá para explicar. Ver o seu corpo branco ficar vermelho marcado pelo chicote, aumenta o meu desejo.
Fiz a minha filha Anie minha mulher e não me arrependo. Se não fosse eu, um dia ia ser outro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Acolhida
Short StoryAnie teve uma infância difícil.Junto com a mãe ela foi espancada e humilhada. O pai deveria ter lhe dado carinho, mas nunca foi capaz de um gesto de amor.