The Cheerleader - LLM + JNK

7- I Kissed A Girl

Fala sério, quem em pleno século XXI não tem nudes no celular? Lalisa Manoban, você me deixa frustrada.

Bom, é melhor assim.

- O que pensa que está fazendo? - ela chegou quando eu tinha acabado de abri as mensagens.

- El Diablo? Sério? - se aproximou e puxou o celular da minha mão. - Bom, pelo menos é melhor do que Porra Ambulante, não acha? - sentou-se um pouco afastada de mim.

- Por que me odeia tanto? - eu ri.

- Eu não te odeio, só não vou com a sua cara.

- Isso não responde a minha pergunta. - suspirei.

- Ninguém nunca me negou nada, só você. - me ajeitei no sofá. - Sem contar que você também pichou o meu carro e me jogou um balde de tinta, acho que isso já é motivo o suficiente. - encostei a cabeça no sofá e comecei a encarar o teto. - E você, por que me odeia?

- Ainda pergunta? - a encarei confusa.

- Até onde sei, eu nunca mexi com você... bom, só quando te enforquei, mas você já não gostava de mim antes disso acontecer.

- Costumo tomar as dores dos outros.

Lalisa é uma pessoa incrível, é capaz de acabar com a própria vida social para poder defender alguém, admiro isso nela.

- Snow, temos um trabalho a fazer. - ela assentiu.

P.O.V Lalisa Manoban

Ficamos cerca de duas horas escrevendo o roteiro, se eu estivesse sozinha, provavelmente ficaria o dia todo fazendo isso.

Eu até que estava me divertido. Jennie era uma garota bem legal fora da escola, mas de vez em quando ela me dava uma patada desnecessária, o que gerava uma rápida troca de xingamentos. Nada muito grave.

- Eu acho que deveria ter um beijo no final. - a mais velha falou quando terminou de passar o texto para o notebook e eu a encarei séria. - Até porque se trata de um romance.

- Não vou te beijar.

- É a metade da nota em jogo, Manoban, não podemos perder por bobagem.

- Não acho que isso seja uma boa ideia.

- É só um selinho, não vai arrancar pedaço. - fechou o notebook e o pôs em cima da mesa de centro.

- Isso tudo é vontade de me beijar? - arqueei a sobrancelha.

- Não quero te beijar, eu quero ponto, é diferente. - Jennie começou a olhar para um ponto fixo. - Eu quase repeti em artes ano passado, não posso dar mole esse ano.

- Porra, Jennie, em artes?

- É.

- Ah, vai se fuder.

- Vai se fuder você.

- Tudo bem, a gente faz isso.

- Nos fuder? - revirei os olhos.

- O beijo. - sorriu.

- Ata.

- Agora vamos passar o texto? - assentiu.

Ficamos mais meia hora só passando e repassando o texto, mas em momento algum rolou o beijo, acho que Jennie percebeu que eu estava completamente tensa. Pude perceber que ela estava tão tensa quanto eu, mas não queria admitir.

Estávamos bem próximas, tão próximas, que eu podia sentir sua respiração em meu rosto. Suas mãos repousavam sobre a minha cintura, o que me deixava ainda mais tensa. Era a quinta vez que fazíamos essa cena, a cena final. Eu estava agradecendo a Deus por não ter tido beijo até agora.