O alfa da camisa Azul.

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Naquele momento Stiles começou a notar algumas coisas pertinentes a sua situação. Coisas importantes que deviam ter sido notadas antes do corpo do ômega começar a agir de forma automática. Que coisas seriam essas? Para começar tentar limpar alguém logo após derramar nele café superquente é algo educado e altruísta de se fazer, ainda mais quando esse mesmo líquido pode gerar queimaduras! Logo, não devia ter nada errado pertinente a ação de Stiles a não ser o fato do local aonde o ômega estava limpado. Para ser mais direto era a virilha, mais precisamente no espaço mais abaixo. Um local sensível que não deveria ser tocado por mãos indevidas pois além de ser um ato grosseiro poderiam desencadear um processo por assédio sexual!

Pois é... Stiles não pensou duas vezes em enxugar o local (por ser um indivíduo educado e altruísta! Deve-se enfatizar isso). Esfregando com entusiasmo, para evitar que manchas se tornassem permanente na calça que parecia evidentemente cara. Pois é... Talvez ele devesse parar de esfregar. Tipo, agora...

A qualquer momento....

Mas a sua mente estava distraída, primeiramente por estar começando a distinguir quem era a pobre alma que havia sido alvo do seu café infernal. Primeiro seu nariz fez questão de alertar sobre o cheiro e depois seus olhos reconheceram o rosto. Era o alfa dono da camisa azul!

– Merda... – sussurrou meio abobado.

A mente de Stiles persistiu no estado abobado. Isso porque ao invés de se preocupar com o que estava fazendo (nota: esfregar com um guardanapo as partes intimas do alfa) decidiu focar em um fato totalmente irrelevante: Como o alfa ficava lindo usando um terno. Lógico que a versão dele usando uma jaqueta de couro era bem mais interessante, contudo, a versão CEO era igualmente tentadora.

– Oi... – Sorriu o alfa, seu rosto estava levemente corado. Talvez um pouco ofegante. Suas pupilas estavam dilatando.

– Talvez... – Pigarreou, com dificuldade de falar – Seria interessante você parar. Digo, o café não manchou tanto as minhas calças.

– Ah... – Stiles abaixou o olhar. Mais precisamente, viu o movimento de suas mãos. Aonde suas mãos estavam. Então, a impacto da realidade o atingiu com um soco no rosto – Merda!

Se afastou, quase tropeçando nos próprios pés.

– E-eu...Eu... – Calma Stiles, não entre pânico. Você está sendo só um cara educado e altruísta. Sua ação não deveria ser enquadrada na categoria de pervertida – Você poderia ter se queimado! Eu normalmente bebo café ao nível de temperatura de um vulcão em ebulição! Por isso, eu...

– Eu agradeço a sua iniciativa de salvar a minha calça e ...Minhas partes. Aprecio profundamente. – O alfa continuou a sorrir e também a ajeitar as suas referidas calças, Stiles não pode deixar de notar que um volume avantajado tinha se desenvolvido nelas. Sua boca salivou. Ok, essa ação poderia ser sim enquadrada na categoria pervertida.

Foco, Stiles Stilinski. Lembrou sua racionalidade, sobrepondo seus desejos carnais.

– O que você está fazendo aqui? – Demandou saber – Você me rastreou de novo? Mudou de ideia quanto a tentativa de assassinato?

– Realmente eu não sei de onde você tirou essa ideia que eu quero matá-lo... Eu não sou um stalker. – Respondeu o alfa – Ainda mais, te rastrear, no momento, pode ser uma tarefa difícil.

– Ora, e por quê? Não foi você que se vangloriou sobre a habilidade olfativa dos alfas? – provocou.

Um baixo rosnado foi ouvido do alfa. Um rosnado que fez um gostoso calafrio percorrer a espinha de Stiles.

Cheiros e AromasOnde histórias criam vida. Descubra agora