✶ Capítulo XV ✶

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The Fear Of Being Alone

"Since I was born my demons have stuck with me...But maybe I have to die for them to finally say goodbye"

1956 Londres, Bethlem Royal Hospital

Louis olhava confuso para todos os lados possíveis, ele leu livros durante toda a sua vida, mas nenhum deles o preparou para este tipo de acontecimentos...Ele respirou fundo tentando se acalmar, voltando a olhar para Harry e agora Rose, que estava muitos anos mais nova, ela posicionou se ao lado do garoto de cabelos castanhos ainda desconhecido e tirou uma fotografia com eles.

-Rose?-Louis disse o que pensou ser alto, mas ninguém o ouviu nem mesmo olhou para ele. Depois de poucos segundos olhando para aquela cena, ele ouviu alguém chamando Rose e logo ela vai até ao chamamento deixando os garotinhos sozinhos.

-Promete nunca se esquecer de mim Boo?-Harry perguntou para o garoto de olhos azuis, o que fez Louis fechar os olhos pelas palavras altas a ecoar pela sua cabeça, voltando a se questionar denovo sobre onde teria ouvido esse apelido. O tal de Boo assentiu com a cabeça sorrindo enorme para Harry que tinha algumas lágrimas no canto de seus olhos, o garotinho secou as mesmas e beijou sua bochecha.

-Não chora bobinho, eu nunca te vou esquecer, você sempre será meu melhor amigo e eu prometo voltar a te encontrar!-Pela primeira vez Louis ouviu a voz do garoto mas mesmo assim não conseguiu fazer nenhuma conexão com alguém que se tenha encontrado na vida inteira. Reparou nos olhos do pequeno, lágrimas no canto dos seus olhos e o seu lábio inferior tremendo, mas Harry parece não reparar já que seus olhos estavam inundados pelas lágrimas de tristeza que continuavam a cair, mesmo com o garotinho as limpando.

Depois disso o garoto foi chamado por Rose que o esperava na porta do hospital, que agora era um orfanato, "Bethlem Royal Orphanage" era o que estava escrito na entrada. Para o de olhos azuis aquilo não fazia menor sentido, pois no primeiro dia ele foi a presentado aquele hospital psiquiátrico. Provavelmnete usavam o orfanato como desculpa para não assustar as crianças?

Louis viu o garoto pegar na mala e andar até Rose que sorria fraco para ele, o mesmo nunca deixando de acenar para Harry, que agora agarrava seu próprio pulso. Ele caminhou até Rose seguindo com os dois pelos corredores que antes eram cheios de doentes que precisavam de constante ajuda médica, agora era cheio de brinquedos, livros e crianças que corriam por entre Louis, o fazendo se arrepiar pela sua forma fantasmagórica que por um tempo tinha esquecido. Andou até ao corredor onde supostamente ficava o seu quarto, que agora estava vazio, mas reparou no quarto ao lado, 13... A porta estava fechada, assim não dando para ver o seu interior, mas a mesma estava pintada, como todas as outras, com algumas flores, estrelas e uma escrita de criança "Hazz and Boo". Faria sentido já que Harry estava no mesmo quarto, mas é uma grande coincidência terem colocado o cacheado no mesmo quarto depois de vários anos.

Ele precisava de algo que dissesse a data daquela visão, foi assim que ele chamou ao que lhe estava a acontecer ("Visão" nem ele sabia o que era aquilo), para assim saber se ele teria estado naquele orfanato em criança e depois mais velho teria estado no mesmo hospital...No mesmo quarto. Louis formava tantas teorias em sua cabeça para o que estava a acontecer, que depois de um tempo ouviu uma porta a abrir, olhou para o lado vendo o garotinho entrar na porta vermelha com Rose, fazendo Louis arregalar os olhos e correr até ao garoto como se o pudesse salvar do que estava atrás daquela porta. Mas quando chegou na mesma, já fechada, não conseguiu passar. Bateu várias e várias vezes na porta, mas nenhum barulho era emitido.

Louis mordeu o lábio caminhando um pouco para trás e se encostando na porta do quarto 13, mas logo caiu dentro do próprio quarto com metade das suas pernas ainda no corredor. Percebeu que não só as pessoas podiam passar entre si mas também os objetos, menos aquela porta vermelha, já que ele empurrou e bateu várias vezes e de nada resultou, nem a porta seria aberta.

Louis resmungou baixinho, sentiu pena por aquele garotinho, pois, provavelmente, iria acontecer lhe a mesma coisa que aconteceu à Alisson. Louis baixou a cabeça, sentindo um aperto no coração, mesmo que do outro lado da porta, tudo estivesse silencioso, andou até para perto da porta 13, vendo a mesma se abrir com a passagem do de olhos azuis.

A ansiedade de Louis já não deixava o mesmo se perguntar o porque de estar ali ou o que ele precisa perceber para sair dali. E foi assim que ele entrou no quarto sem pensar duas vezes ao que iria encontrar lá dentro... Viu de um lado uma cama feita, com lençóis e mantas lavadas e na ponta oposta do quarto tinha outra cama mas sem o colchão, andou até à cama feita e viu varios desenhos colados na parede, maior parte eram sempre dois garotos, um pintado de verde e outro azul. Virou para trás sentindo um brilho em seus olhos vindo de alguma coisa debaixo da cama do outro lado do quarto, que refletia pelo brilho do sol que entrava pela janela, olhou entre as barras de ferro da cama vendo o que parecia ser uma pulseira que brilhava pela luminosidade da pequena janela e um papel amassado no chão. Felizmente conseguia pegar nos objetos vendo a pulseira em primeiro, que tinha a letra L no meio. Louis parou por um pouco ao olhar para o seu pulso e ver a mesma pulseira, aquela que Harry lhe deu na biblioteca. Para ele, isto não fazia sentido nenhum, então ele pegou no papel abrindo o mesmo que mostrava letras apressadas.

"Hazz por favor não deixa eles me tirarem de você"

Ele percebeu que afinal o garotinho chorava de medo e não por se despedir de Harry ou por ver o mesmo a chorar, ele sabia o que ia acontecer. Antes de ter tempo de pensar em mais algo ouviu um grito alto, vindo do corredor. Louis correu até lá tentando mais uma vez abrir a porta vermelha, ouvindo choros cada vez mais altos de dentro, bateu na porta mesmo não fazendo barulho algum e sem nem mesmo reparar estava chorando tão alto quanto o garoto lá dentro, por alguma razão conseguiu sentir a dor dele.

Parou por um tempo assim que o choro cessou e olhou em volta vendo nada mas escuridão, parecia apenas um buraco negro que se ele andasse para qualquer direção iria ficar certamente perdido, a única luz do lugar era a lâmpada por cima da porta vermelha que começou a balançar assim que a porta começou a bater levemente. Ele afastou se da porta rapidamente assim que as batidas ficaram cada vez mais altas e brutas, até que a mesma abriu lentamente.

A única coisa que Louis ouvia era sua respiração durante uns vinte segundos em que nada acontecia, mas ele também não se atrevia a chegar à frente para abrir a porta que estava entre-aberta. Depois disso viu uma mão a sair da porta, não era feia ou tinha unhas pontiagudas ou uma cor fora do normal, como descreviam os seus livros, era uma mão de um humano como a dele.

-I know...-A pessoa cantou numa voz grossa e de alguma forma obscura, fazendo ecoar na escuridão as mesmas palavras que ele cantava.

-You belong to somebody new...-Mais uma vez ecoou pela escuridão e pelos ouvidos de Louis, como se aquela pessoa estivesse cada vez mais perto assim que cantava.

-But Tonight you belong...-A canção cessou fazendo Louis abrir os olhos, que nem reparou que os tinha fechado, e olhar para a porta vendo que a mão tinha desaparecido, suspirou ao pensar que a música tinha acabado, mas logo sentiu uma mão no seu ombro apertando fortemente e suspirando no seu ouvido.- To me.

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Gente se vocês quiserem ouvir a música, colocar no YouTube "tonight you belong to me" e se quiser mesmo a versão assustadora colocar depois do nome da música "Creepy version".

Desculpe por algum erro! ❤🏳‍🌈

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All the Love 🌹

The Fear Of Being Alone || L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora