Parte 14

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Harry Styles POV.

Quatro dias para a ceia de Natal

Não, não vamos falar sobre o dia anterior.

O Natal estava se aproximando cada vez mais rápido e Anne convidou a todos para as compras de Natal no centro do vilarejo que Holmes Chapel era. Até cogitei ficar em casa, mas achei que seria legal apresentar o lugar para Louis.

Então, todos estávamos caminhando pelo centro comercial, como uma grande família feliz. Todos agasalhados para se proteger do frio e com botas para proteger nossos pés da neve.

Era muito engraçadinho ver Louis apontando para algo bonito, usando suas luvas que deixam suas mãozinhas ainda menores e dizendo o quanto era bonito, como quando algo tinha muitas luzes de Natal. Ele parecia adorar essa época do ano e tudo relacionado à ela. Era bom ver. Principalmente, quando algumas das luzes refletiam em seu olhar e sua íris ficava ainda mais azul.

Como era um passeio em família, eu e Louis nos forçamos a juntar nossas mãos e entrelaçar nossos dedos. Eu apenas ignorava a sensação esquisita no estômago.

"Olha só!" Louis falou apenas para mim, apontando para um mercadinho clássico. "Podemos entrar, Hazzy?" mesmo sem querer, seu olhar se tornou pidão. "Eu preciso comprar algumas coisas, vou fazer biscoitos para o Papai Noel com a Julie."

Me questionei sobre o uso do apelido em uma conversa particular. Mas... qualquer um poderia estar escutando, certo? Precisamos manter a aparências.

"Claro." sorri e me virei os outros. "Pessoal, eu e o Lou vamos no mercado rapidinho. Nos encontramos no mesmo restaurante de sempre, certo?"

Confirmaram e eu e Louis nos afastamos, entrando no mercadinho. Animado, correndo em direção a uma das prateleiras, Louis soltou minha mão, fazendo minha mão sentir falta do toque.

"Olha!" disse animado, me mostrando um molde de biscoitos em forma de bonequinho. Sorriu com ruguinhas no cano de olhos. "Julieta vai adorar. Estávamos assistindo Shrek."

"Você gostou mesmo dela." eu disse feliz, tentando guardar um sorriso para não parecer bobo.

"Ela é uma princesinha mesmo." ele sorriu para mim, me fazendo soltar o meu sorriso. "Minhas irmãs me fizeram gostar muito de crianças. Julie me encantou."

"Ela também gostou de você." eu disse e Louis ficou mais feliz ainda. "Na verdade, todos gostaram. Louis, você enfeitiçou a família inteira." nós dois rimos levemente.

"Fico feliz..." e eu nem havia percebido que Louis já estava com uma cesta de compras, já tendo alguns poucos itens de confeitaria. "...Ainda bem que estou fazendo seu dinheiro valer a pena, hm?"

E se afastou, distraído com as próprias compras. Eu apenas fiquei parado no corredor, pensando sobre isso.

[...]

Depois do almoço no restaurante ter sido um sucesso, andamos mais um pouco pelo lugar. E quando minha família estava decidindo ir embora, eu vi que os olhos de um Louis quietinho demais viajando por um Pub perto da gente.

Pegando o mesmo de surpresa, disse a todos que eu e Louis ficaríamos mais um pouco.

Escolhemos uma mesa com sofá no canto do Pub e pedimos uma cerveja para cada. Louis balançava a cabeça no ritmo de algumas das músicas que tocavam.

No meio de nossa conversa que fluía bem, a sensação de estar sendo observado me atingiu e eu passei os olhos pelo bar. Acabei encontrando os olhos de um cara entre seu grupo de amigos em nossa mesa. O problema foi que os olhos dele não estavam em mim e, sim, em Louis, que apenas me dizia o quanto os amendoins de aperitivos estavam bons.

"Sabe... acho que aquele cara está de olho em você..." eu disse e um amargor se alastrou em minha garganta, me deixando confuso. Ué, minha cerveja está ótima...

"O que?" franziu o cenho e passou os olhos pelo lugar, encontrando os olhos do cara, que sorriu quando os seus olhares se cruzaram, me fazendo revirar os meus. "Ah, acho que sim." Louis disse, dando de ombros.

"Sabe... pode ir lá falar com ele, se você quiser. Não tem ninguém da minha família aqui." eu disse. Enquanto meu cérebro me pedia para falar, meu coração contrariava.

"Eu não vou falar com ele, Harry." revirou os olhos. "Eu estou aqui com você." colocou sua mão sobre a minha, que estava posta sobre a mesa. "Não vou... ficar flertando com caras aleatórios." fez uma careta. "Eu sou seu namorado, não sou?" sorriu provocativo.

Eu dei uma risada, sentindo meu peito se aquecer e a sensação ruim ir embora.

"Yeah, você é." tentei guardar o sorriso, mas as malditas covinhas me entregaram de novo.

"Ah!" ele praticamente gritou quando o toque mudou. "Eu amo essa música, Harry." se levantou da mesa, segurando minha mão. Não, não, não, não! "E você vai ter que dançar comigo."

Me arrastou até a pista de dança, enquanto eu reclamava como um rabugento.

"Hey, isso não estava no contrato!" tentei rebater.

"Eu sou bem persuasivo, você não acha?" ele sorriu de lado. "Não preciso de contrato."

E aquilo era verdade, porque ali estava eu, em uma pista de dança de um Pub em Holmes Chaoel, dançando com passos desengonçados, na companhia de Louis Tomlinson, ao som de Miss You - de um cantor que não sei bem qual é.

A Christmas' Boyfriend • L.S. ShortFicOnde histórias criam vida. Descubra agora