Nice to meet you...

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-MARIA EDUARDA VOCÊ ESTÁ ATRASADA! -Ouço novamente enquanto caçava uma roupa na mala pra vestir. Eu esqueci completamente de deixar uma roupa separada e agora tenho que me virar pra achar.

Acho uma confortável e jogo tudo em cima da cama. Fecho a mala e corro me trocar.

Corbyn disse que lá está um friozinho chato e por isso pediu pra não ir com roupa de calor

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Corbyn disse que lá está um friozinho chato e por isso pediu pra não ir com roupa de calor.

Desci as escadas e vi que todos já comiam na mesa. Dou um beijo no rosto de cada um e me sento pra comer também.

Comemos em silêncio. Acredito que seja pela pressa. Assim que saímos de casa meu coração começou a acelerar. Por dois motivos. 1- estou indo pra Los Angeles, vou ver meu irmão e os amigos gatos dele. 2- eu me cago todinha de medo de altura. E detalhe... são 13 horas de viagem. Quem aguenta, meu pai? Eu sei que vou chegar lá umas 20h da noite. Neste momento são 6 da manhã aqui e meu vôo é as 7 horas.

Assim que chegamos e tudo estava pronto, nos sentamos e ficamos aguardando o vôo ser chamado. Minha mãe segurava meu braço direito e meu pai o esquerdo. Geo estava sentada no chão a minha frente agarrada nas minhas pernas. Quem olhasse de longe acharia a cena hilaria.

"Primeira chamada para o vôo 1396 para Los Angeles, Califórnia"

A voz robótica anunciou e meu coração voltou a acelerar. Ok... é agora ou nunca.

Me levantei e já comecei a chorar assim que vi os olhos de meu pai com lágrimas. O abracei forte e ele devolveu.

-Eu venho visitar vocês, Ok? Assim que eu puder. -Falo depois de sentir minha mãe se juntar ao abraço. Viro e vejo Geo secando as lágrimas rapidamente.

-Eu não tô chorando tá bom? -Ela fala cruzando os braços e fazendo cara cínica.

-Cala a boca, Geovanna, eu sei que você não vive sem mim. Vai logo pra lá, tá? -Falo a abraçando forte e ela assentiu devolvendo.- Tchau, galera! -falo e dou pulinhos de felicidade os fazendo rir. Pego minha bolsa de mão e vou até o embarque correndo. Eu vou sentir tanta falta deles.

Entendo meus pais ficarem tão sentidos. Os dois filhos indo embora pra cuidar da própria vida. É complicado e super entendível.

Assim que me sentei em minha poltrona minhas mãos começaram a tremer de medo da altura. Pego o calmante em minha bolsa e tomo com a intenção de dormir a maior parte do vôo já que eu estava morrendo de sono ainda. Assim que senti o avião começar a se mexer solto um suspiro nervoso. É isso. Tchau Brasil. Até mais...

Acordo com uma mão me chacoalhando e abro os olhos vendo dois pares de olhos castanhos me encarando.

-Eh... Oi. Desculpa te acordar. É que anunciaram que o pouso vai ser em 20 minutos. Achei que deveria saber. -O garoto disse e acho que fiquei um tempo o encarando porque ele começou a me olhar com uma cara estranha.- Tá tudo bem, moça?

Friends - Why Don't WeOnde histórias criam vida. Descubra agora