Chuvas de Março

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Pelo grito ensurdecedor que vinha debaixo, mesmo com uma chuva tempestuosa se acordava o bebê. John abriu os seus olhos e começou a chorar, aquela situação deixou lhe assustado. O berço parecia que estava quebrado uma parte das grades, e os gritos pareciam de mulher. A janela mostrava só árvores e o escuro profundo. A noite era chuvosa, arresem chegou a primavera, e com ela veio a sua chuva refrescante de março.

A porta se escancarou e veio uma menina de 11 anos negra de cabelos bem cacheados pegar o bebê, ela não se parecia com o bebê que tinha olhos azuis e pele quase pálida. Ela o pegou no colo e saiu do quarto. O corredor tinha 3 portas para a direita e duas porta para esquerda, a última porta da direita era o quarto de John. A luz estava ligada mas as paredes estavam com sangue, uma das portas bateu tão forte que a menina correu rápido para as escadas junto com o bebê que estava chorando alto demais.

A escada era grande e gigantesca, igual a casa que tinha um estilo vitoriano e chique, mas nessa noite parecia uma casa de gritos e mortes. A menina chegou no salão principal depois de sair da escada e viu homem que estava dormindo no chão, tinha cabelo branco e unhas pintadas de preto

- O Tio Y.....- na hora que a menina falou isso ela ouviu um homem descendo as escadas, então ela fugiu até a porta e chegou na floresta e na chuva escaldante.

A mansão vitoriana ficava no morro, no alto de uma floresta tensa e assustadora, existia no meio dela um lago com um barco de madeira, naquela hora a menina correu floresta abaixo para chegar no lago, sem olhar para atrás. Correu e viu coisas brancas, laranjas e marrons trancadas em árvores, não conseguiu ver o que era. Ouviu mais gritos e barulhos de água, como se a água flutuasse, era muito estranho mas ela não se importava, tinha que salvar o bebê e ela.

Chegou até o lago depois de uma longa corrida e o barco não estava mais lá, só estava um pedaço de mesa no meio do lago, ela pegou o bebê, botou no pedaço de mesa e empurrou para o lago, o barulho de cavalos vindo, já saberia dos seus atos.

-Que esse pequeno bebê tenha a benção de Íris- Sussurrou a menina já molhada e cansada. A criança se ajoelhou e na hora sentiu uma flecha em suas costas, e caiu no chão sem ver mais nada.

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