CAPÍTULO 103

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Gabriela


A minha vida sempre foi difícil. Nunca foi uma coisa fácil e feliz.

Eu perdi minha mãe com 5 anos e desde então morei com o meu pai, que abusava de mim e deixava os amigos abusarem quando eu era pequena.

Foram anos e anos de sofrimento dentro daquela casa, espancamentos e abusos. Eu era mas uma escrava, pois quando a minha mãe saia ela me deixava com ele pois confiava. E era ai que o verdadeiro inferno começava.

Flashback on.

Eu: Papai -ele me olhou- vai doer?

Carlos: Não filhinha, só vai doer no início mas é uma brincadeira nossa ok? A mamãe não pode saber -tirou a roupa dele e tirou a minha calcinha-

Não demorou muito e eu senti um negócio rasgando, me rasgando de fora pra dentro.

Eu: Ta doendo papai -falei segurando o choro-

Carlos: aguenta firme -segurava fortemente as minhas mãos-

Eu: Para por favor papai -chorava bastante e ele ia mais rápido, até que eu senti um negócio quente e ele saiu de cima de mim-

Carlos: a sua mãe não pode ficar sabendo disso, ok? -assenti e ele saiu do quarto-

O lençol da cama estavam sujos de sangue e as minhas pernas e a minha intimidade doiam. Fui pro banheiro e tomei um banho, com dores deitei na cama e peguei no sono.

Flashback off.

Minha infância toda foi resumida nisso, até que o meu "Pai" morreu, felizmente né.

O LC ficou sabendo do que aconteceu comigo e me pegou pra criar, logo no início eu era bem lerda mas ele e a Raissa me ajudaram bastante principalmente ele.

Me deu um lar. Me deu amor paterno e o principal de tudo ME DEU PAZ. Coisa que eu nunca tive.

Se hoje eu sou o que sou é por ele, dizem que ninguém muda pra o dia da noite mas eu mudei dentro de dois meses, eu levo isso como o meu livramento e o meu recomeço de tudo. Pois todo mundo merece uma segunda chance na vida.

LC: Vai pra escola hoje não? -entrou em casa-

Eu: Não, tô com preguiça -ele deu risada-

LC: A você vai -pegou minha farda- eu quero que você tenha um futuro bom, que você termine os estudos pra me dar trabalho pra eu poder pagar a sua faculdade -jogou a mochila em mim- em menos de 20 minutos eu quero você pronta

Eu: Mas não tem como -ele me olhou-

LC: Se vira fia, não se arrumou antes porque não quis -revirei os olhos- quer ficar sem celular dona Gabriela?

Eu: Não paizinho -ele me abraçou- obrigada ta, por ter me livrado de todo aquele inferno e por ter me dado amor paterno

LC: Você foi a filha que eu não pude ter Gabi -beijou minha testa- eu sei que eu pego no seu pé, e que as vezes eu sou um pai chato por não te deixar ir ao baile, mas é porque eu não quero que você se envolva no mundo do crime como eu, o mundo do crime não é uma coisa boa, tem certas vantagens mas nem sempre é bom entende? -assenti- por isso que eu quero te dar os melhores estudos e as melhores coisas, pra tentar concertar a infância que você perdeu e te livrar de tudo de ruim que me aconteceu

Eu: Você é um paizão da porra hein -ele deu risada, o coitado já chorava- quando o bebê da Rai nascer ele vai se orgulhar como eu e o Anthony nos orgulhamos de ter um pai como você

Subi e me arrumei, ele me deu meu lanche e me deixou na porta da escola.

Sai da escola morta de cansada, eu odeio estudar, mas pego firme por conta do meu pai que quer um futuro bom pra mim e insiste em me ajudar no meu sonho de ser arquiteta.

Lucas: Bo chegar ali no beco? -apareceu do meu lado-

Eu: Vou nada, tô cansadona -ele deu risada e segurou no meu braço- da pra você me soltar?

Lucas: A você vai sim -me puxou pro beco e eu tentei me defender mas eu não conseguia-

Ele tapou a minha boca e puxou minha calça, eu só fechei os olhos esperando o pior.

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Beijinhos da Giih ❤.

Mundos Cruzados - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora