DESASTRE NATURAL

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A vida é mesmo irônica,
Quando a luz nasceu
O caos a seguiu e se estabeleceu.
Não havia nada que eu pudesse fazer,
O que mais eu faria se não fosse morrer?

Embora distante pareça estar, sei que virei
Quando? Ainda não sei...
A esperança já se fingia de morta
Cada vez que o caos batia à porta.
Quem sou eu?

Eu sou a calmaria no oceano,
A vida da terra habitada,
Sou fênix que surge das cinzas,
Sou campo, sou rio, sou flor,
A luz que guia e acompanha o amor.

Sou um poema escrito, 
Uma joia do infinito.
Queria poder para salvar o mundo
Dos males que o cerca e corrompe...
Sou vazio, sou profundo.

Eu sou vida e sou morte,
Sou azar e sou sorte,
A paz que o mundo almeja,
A consciência em decadência
Renascida em pó e poeira.

Eu sou desastre natural,
O fim de todo mal,
Sou melodia, canção de ninar,
Sou sabedoria que jamais irá findar.
Eu sou o despertar após um sonho ruim,
Sou começo, sou fim.

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