(Sam)- Finalmente conseguimos sair!
(Arthur)- Sim!
(Liza)- É tão bom vir para a superfície, querendo ou não, aqui é bem menos abafado.
(Sam)- Esse ar puro é tão bom!
(Arthur)- Vocês gostam bastante de sair do abrigo né ?
(Sam)- Sim, você não gosta ?
(Arthur)- Acho indiferente.
(Liza)- Aqui eu me sinto mais livre, apesar de ser mais perigoso.
(Sam)- Ei, vocês lembram de alguma vez ver alguém que não seja a gente, aqui na superfície ?
(Arthur)- Acho que nunca vimos ninguém aqui.
(Liza)- Isso não é surpresa! Ninguém do esconderijo nunca sobre aqui.
(Sam)- Eles falam que somos os únicos capazes de fazer essa tarefa, mas por que ?
(Arthur)- Nossa "aldeia" é composta por crianças e idosos, não há nenhum adulto.
(Liza)- E o chefe ?
(Sam)- Por mais que não pareça, ele já é velho, tem em torno de 53 anos.
(Liza)- Nossa!
(Arthur)- E também, em comparação, se nós dermos de cara com uma máquina ou os outros da aldeia, nós teríamos mais chance de fugir.
(Sam)- Não teríamos que fugir se ao invés de fazer equipamentos para auxiliar na fuga, o chefe investisse a tecnologia em combater as máquinas.
(Arthur e Liza)- Você é imbecil ?
(Arthur)- Nós não podemos lutar contra as máquinas, elas são infinitamente superiores.
(Sam)- Atualmente não, mas se tivesse um esforço de todos, poderíamos chegar no mesmo patamar... Ou melhor, ultrapassar o patamar das máquinas.
(Liza)- Desculpe Sam, eu sempre te defendo mas... Isso é loucura.
(Arthur)- Chega de papo! Vamos parar de bobagens e caçar logo.
(Sam)- São por causa de pessoas que pensam como vocês que nós ainda vivemos assim.
Eles passam o dia inteiro caçando, eles conseguiram resultados positivos, com a utilização do capturador de DNA tudo ficou mais fácil, já que eles conseguiam ver todas as rotas de animais. Guiados por um mapa virtual, eles encaram o caminho de volta para o abrigo, quando o grupo se depara com um local abandonado, o que era comum encontrar por aquele território. Naquele momento, dúvidas apareciam na cabeça dos três jovens, eles pensavam se deveriam ou não entrar, pois normalmente locais abandonados contém resquícios de máquinas, então nunca se sabe o que pode ter lá.
(Sam)- Eu acho que deveríamos entrar para dar uma olhada.
(Arthur)- Você está louco, as instruções são claras, devemos manter distância de locais abandonados.
(Sam)- Mas o que você acha que um robô estaria fazendo aí ? Por que algum deles estaria na segurança de um lugar como esse ?
(Arthur)- Aí aí
(Arthur)- Liza, você decide o que faremos, sua opinião é de desempate.
(Liza)- E... Eu... Acho que não faria mal nenhum se entrássemos um pouquinho
(Arthur)- Ok! Mas lembrem de ter cuidado.
Eles adentraram no local, o lugar estava digno de ser chamado de abandonado, plantas envolviam a maioria das paredes, grande parte do chão era molhado e havia muitos restos de máquinas e computadores, era irreconhecível o que aquele lugar era. Então Liza esbarra em uma coisa e escorrega no chão. Por sorte Sam estava atrás e conseguiu segurá-la antes de cair.
(Sam)- Liza! Tudo bem ?!
(Liza nos braços de Sam)- Isso é tão... Romântico.
(Sam)- O que ?
(Liza)- Nada não, estou bem sim, obrigada
...
(Sam)- Então... Já pode se levantar, certo ?
(Liza)- Só mais um pouquinho...
(Sam)- Disse alguma coisa ?
(Liza)- Er... Disse que sim, já consigo me levantar!
Isolado dos acontecimentos entre Liza e Sam, Arthur se concentra em aquilo que Liza acabou derrubando ao esbarrar.
(Sam)- O que é isso ?
(Arthur)- Eu não sei.
(Liza)- Aaah. Isso são livros virtuais, tenho uma vaga memória sobre isso nos meus tempos de escola.
De repente abre uma tela, dando susto no grupo, era a primeira página de um livro de geografia básica.
(Sam)- O que é isso ?
(Arthur)- "Geografia básica para estudantes".
(Sam)- É um livro de ficção ?
(Arthur)- Não sei.
(Liza)- O que é Geografia ?
(Arthur)- Não sabemos
(Sam)- Aqui está escrito "mapa político dos Estados Unidos da América".
(Arthur)- Estados Unidos da América ?
(Liza)- Esse é o nosso país.
(Arthur e Sam)- Então a gente vive nos Estados Unidos da América ?
(Liza)- Sim, vocês não aprenderam isso na escola?
(Arthur)- Não lembro de muita coisa da escola
(Sam)- Lembro de aprender a ler e escrever.
(Liza)- Os país de vocês não ensinaram nada ?
(Sam)- Pelo visto não, ninguém nunca me disse nada sobre isso
(Arthur)- Meus pais eram muito ocupados, por isso acho que não deu tempo de ensinar.
(Liza em pensamento)- Para mim era uma coisa tão comum! Visto que não sabiam do lugar que vivem, provavelmente não sabem nada sobre o mundo ao nosso redor!
(Liza)- Vamos lá! Vocês tem 17 anos, não tem como vocês não terem nem ouvido falar disso!
(Sam e Arthur)- Realmente não lembro, desculpe!
Arthur e Sam descobriram que vivem num país chamado Estados Unidos da América. Isso era para ser um conhecimento básico. Mas era um tanto comum adolescentes daquela idade não terem os conhecimentos básicos ensinados na escola, isso porque não houve tempo o suficiente para eles aprenderem. E com a ascenção das máquinas, as empresas, escolas e estabelecimentos foram os primeiros a sucumbir, graças a grande utilização de tecnologia nesses locais.
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A Caminho da Esperança
RandomNo ano de 2135 os robôs criaram consciência e se revoltaram contra os humanos, logo houve uma repentina guerra entre máquinas e humanos, derrotados, os poucos humanos restantes vivem debaixo da terra isolados da superfície, a única maneira de revert...