Changkyun estava empolgado por ter mudado de cidade com seu pai. Ele estava adorando o ambiente da nova casa.
E mesmo sem conhecer nada, aprendeu a ordem da parada que desceria. Era a sexta depois da ponte. Memorizou muito rápido, diria.
Era sexta feira e o pôr do sol já podia ser visto. Changkyun estava voltando da escola nova que, ao seu ver, era bem mais exaustiva do que a anterior. Não sabe se é por estar atrasado nas matérias ou simplesmente porque a rotina é outra. De qualquer forma, se sente esgotado.
Por isso, quando o ônibus chegou, deu graças a deus pelo assento vazio que parecia chamar seu nome. Se aconchegou ali mesmo que não fosse o lugar mais confortável do mundo e, quando uma música clássica começou a tocar em seus fones de ouvido, se permitiu fechar os olhos para relaxar um pouco, já que seria mesmo um longo caminho.
O ônibus deu um solavanco que o fez pular da cadeira e murmurar um palavrão pelo susto. Coçou seus olhos e se espreguiçou um pouco para então se dar conta de que havia dormido. E o pior, não sabia onde estava.
-- Moço, que número é essa parada depois da ponte?
O rapaz que estava ao seu lado o olhou meio esquisito.
-- Olha, se você ia descer na ponte, sinto em dizer que passamos dela já tem duas horas.
-- Não brinca comigo, por favor. Você tem certeza?
-- Tenho sim. Você não é daqui?
-- Eu me mudei recentemente... Onde estamos?
-- A próxima parada é a última da cidade. Precisa de ajuda?
-- Eu não lembro o nome do lugar onde moro... Só decorei o número das paradas...
Changkyun sentiu o desespero batendo na sua cabeça. Só conseguia pensar em como faria para voltar, e no seu pai, que com certeza ficaria muito preocupado.
Quando chegou na parada dita como a última, ele desceu do ônibus e olhou ao redor. Estava escuro e, um pouco mais longe da parada, ele podia ver algumas lojas fechadas. Estava tão tarde assim?
Pegou seu celular e viu o horário. Sete e trinta e cinco. Já deveria estar em casa. Discou o número de seu pai, mesmo sabendo que não poderia concluir a ligação por falta de créditos.
Estava realmente perdido e sem nada. Se sentiu com medo e sem saída. Não sabia o que fazer.
Foi impossível não pensar no pior e se sentiu tão frustrado que não lutou para impedir as lágrimas que vieram.
Se permitiu sentar no chão sujo daquela parada vazia e chorou ainda mais. Afinal, essa era a única coisa que sabia e podia fazer no momento. Chorar.O Im não sabe quanto tempo chorou. Só se sentiu ainda mais desesperado quando notou uma sombra se aproximando devagar. Estava com vergonha e medo, então enxugou suas lágrimas e tentou fazer seus soluços pararem, mas foi tudo em vão.
Não demorou muito para que ouvisse uma voz doce e calma.
-- Eu posso te ajudar? Desculpe te abordar assim, mas me sinto mal em te ver desse jeito.
Changkyun sentiu ainda mais medo. Estava em um lugar estranho na presença de uma pessoa estranha. Não tinha certeza se deveria expôr sua situação, mas, bem, o que ele teria a perder? Já não tinha nada mesmo.
-- Eu não sou daqui. Não sei onde estou e tampouco pra onde preciso ir. Eu não... Não conheço ninguém. Eu não sei de nada... - sentiu as lágrimas vindo novamente e, quando se deu conta, já estava chorando mais uma vez -
-- Calma, respire um pouco. Qual é o seu nome?
Changkyun tentou acalmar sua respiração e parar de chorar.
-- Im Changkyun.
-- Eu sou Lee Hoseok e vou te ajudar, tudo bem? Não chore mais. Agora você conhece alguém.
Changkyun olhou bem para aquele garoto de voz calma e rosto extremamente cansado, porém preocupado. Tudo bem confiar nele?
-- Como chegou aqui, Changkyun?
-- Ônibus. Eu saí da escola e estava indo pra casa. Seis paradas depois da ponte.
-- Infelizmente eu não sei onde fica, então acho que não deve ser perto. Você esqueceu de descer?
-- Eu acabei dormindo. Quando acordei estava aqui... Agora estou perdido.
Hoseok assentiu, tentando pensar em alguma forma de ajudar sem parecer muito enxerido ou um maluco sequestrador. Mas ou levaria aquele garoto para a sua casa ou deixaria ele na rua sem absolutamente nada.
-- Eu posso te propor uma coisa, Changkyun?
-- O quê?
-- Você passa a noite na minha casa hoje e amanhã damos um jeito de achar o lugar onde você mora. Tudo bem pra você?
Changkyun sentiu seu coração acelerar ainda mais. Ficou nervoso com a ideia de passar a noite na casa de um total desconhecido, em um lugar onde não sabe nem correr para a delegacia mais próxima. Então voltou a chorar, porque sabe que essa opção é a sua única saída.
______________________________________
meu deus eu precisava mt mt mt postar essa fic (que vai ser bem curtinha) e ela tava me implorando pra ser wonkyun 👉👈
eu ainda nao tenho um final certo mas espero que a iluminaçao venha logo kkjjj e tbm espero que gostem! ❤️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lost boy [Wonkyun]
FanfictionChangkyun, um morador novo da cidade, dorme no ônibus e vai parar em um lugar desconhecido. Hoseok estava voltando para casa ao se deparar com um garoto desesperado, chorando sozinho na rua. ©2020