Temáticas
- O Epicurismo, busca de uma felicidade relativa, sem desprazer ou dor, através de um estado de ataraxia, isto é, uma certa tranquilidade ou indiferença capaz de evitar a perturbação
- O Estoicismo, crença de que a felicidade só é possível se se atingir a apatia, isto é, a aceitação das leis do destino e da indiferença face às paixões a aos males
- O Paganismo
- A passagem inelutável do tempo
- A precariedade da vida e a fatalidade da Morte
- A moderação dos desejos e dos prazeres
- O culto do belo, como forma de superar a transitoriedade da vida e dos bens terrenos
- As ameaças do Fatum (entidade implacável que oprime deuses e homens), da Velhice e da Morte
- O Elogio da vida rústica (a “aurea mediocritas” de Horácio): a felicidade só é possível no sossego do campo
- O gozo do momento que passa, o “carpe diem” horaciano
- A tentativa de iludi o sofrimento resultante da consciência aguda da precariedade da vida, do fluir contínuo do tempo e da fatalidade da morte, através do sorriso, do vinho e das flores.
- A intelectualização das emoções
- A intemporalidade das suas preocupações: a angústia do homem perante a brevidade da vida e a inevitabilidade da Morte e a interminável busca de estratégias de limitação do sofrimento da vida humana
- O autodomínio e a contenção dos sentimentos
- A quase ausência de erotismo, de amor autêntico
Estilísticas
- Submissão da expressão ao conteúdo, às ideias
- A complexidade da sintaxe latinizada:
o A antecipação do complemento directo ao verbo
o A inesperada ordem das palavras que nos obriga a uma leitura silabada
- O uso de latinismo: atro, ledo, ínfero, inscientes, volucres, vila, etc.
- A frequência da inversão (anástrofe e hipérbato) e da elipse
- As perífrases que remetem para um contexto religioso e mitológico grego ou latino
- Estilo denso e rigorosamente elaborado.
- A preferência pela ode, com estrofes regulares em verso decassílabo, alternando ou não com o hexassílabo
- Uso frequente do gerúndio
- Selecção cuidada de fonemas ou vocábulos sugestivos das ideias que pretende exprimir (a elevação, a nobreza, o classicismo da linguagem poética)
- Verso branco ou solto, recorrendo embora, com frequência, à assonância, à aliteração e à rima interior
- Uso frequente do imperativo (de acordo com a feição moralista das odes)