Chapter 12

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  Pedro decidira aproveitar o dia livre para adiantar seus afazeres. Assim, corrigiu algumas tarefas avaliativas que passara para seus alunos durante a última semana.

  Após terminar a pilha de provas e planejar as aulas da próxima semana, o homem notou que já eram mais de 15h00.

  Tomou um banho para refrescar seu corpo e mente. Desde o dia anterior, ele tinha sua mente ocupada por aquela imagem: Sammy ajoelhado em seus pés, chupando-o, implorando por mais...

  Porém ele sabia que aquilo não passava de uma fantasia perversa, e, que, na realidade, eles haviam se despedido da forma menos afetuosa quanto possível. O professor não era o tipo de pessoa carinhosa, mas mesmo assim estranhou a frieza de Samuel.

  Apesar disso, aquele era seu aluno, e ele havia colocado uma barreira na relação de ambos. Aquilo não poderia atrapalhar sua linha de raciocínio.

Então, apesar da imensa tentação em pegar o telefone e ligar para Sam, o homem saiu do banho colocando outro plano em mente: visitar seus pais. Aquilo com certeza o ocupar pelo resto da tarde.

  Seus pais sempre foram bastante afetuosos, orgulhando-se de cada passo do primogênito. Amor era o que não faltava a ele. Quem sabe aquele desejo pelo aluno não seria só carência disfarçada?

  Após vestir-se com roupas casuais, o homem pegou as chaves do carro e deu partida. Saindo de sua garagem, Pedro ligou o rádio e aumentou o volume.

  Ele foi absorvido pela música a tal ponto que, quando viu, já havia chegado na casa dos pais. Desceu do carro e caminhou até a porta da frente.

  "Não, espera," pensou ele, parando, "tem algo errado."

  Então, voltou até o carro e tentou abrir a porta. Estava trancada. Com isso, o homem destravou o carro, abrindo a porta e fechando-a novamente em seguida. Só por precaução, tentou abrir pela segunda vez. Não foi.

  "Ufa. A porta tá fechada.", pensou ele, virando-se novamente em direção da casa.

  Na entrada, uma mulher que não passava muito dos quarenta anos o observava.

  –Pê, de novo com essa mania? – ela perguntou, referindo-se à sua última ação.

  –Mãe, como soube que eu cheguei?

  –Eu estava aqui, regando minhas plantas, e escutei o "bip" do seu carro na hora que ele destravou. Quando escutei alguém abrindo e fechando a porta sem parar, soube que era você.

  Pedro a encarou por alguns segundos. Achava engraçado o fato de sua mãe conhecer suas manias tão bem. Então, ele sorriu docemente e a abraçou. 

  -Eu estava com saudades, filho! Desde que você começou a dar aula, parou de vir me ver todo dia! - ela disse, passando a mão no cabelo do filho e fazendo um topetinho. - Seu pai também está com saudades...

  -Lígia? Com quem está falando? - uma voz grave veio de dentro da casa.

  -É nosso filhinho, amor! - respondeu ela - Vem, Pê, eu fiz bolo. Vamos comer alguma coisa e conversar! Estou tão feliz que você veio assim, de surpresa...

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⏰ Última atualização: Sep 11, 2020 ⏰

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