fifty four

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Sentados em volta de uma mesa redonda, todos estavam tendo uma conversa agradável.

Exceto os mais novos.

Finn segurava a mão de Jack por cima da mesa, era um ato bonito e natural. O mais novo dos dois estava feliz com esse simples toque, as mãos de Wolfhard eram acolhedoras, grandes e acolhedoras.

Asher e Finn trocavam olhares o tempo todo. Angel parecia estar com raiva, e estava mesmo. Em sua visão, aquele garotinho enxerido estava se metendo aonde não havia sido chamado, e estava atrapalhando tudo o que tinha planejado para se divertir junto ao primo.

— Finnie... — Jack chama puxando seu casaco, um pouco mais alto do que queria, chamando a atenção dos outros.

— Que fofo, Jack! — sua tia exclama. — Há quanto tempo vocês dois estão juntos?

Essa pergunta os pegou. Eles não haviam combinado detalhes do namoro, então ambos teriam que inventar tudo na hora. Seria o apocalipse, pois Finn não era bom na arte de improvisar.

— Não faz muito tempo! — o sobrinho respondeu antes que ficasse um silêncio constrangedor. — Quer dizer, sempre fomos amigos, mas o namoro é recente.

Finn, que estava o olhando assustado, suspirou, agora aliviado. As mãos apertaram mais as suas, de forma carinhosa, em conforto.

Jack olhou bem em seus olhos, sorrindo minimamente em seguida. Parando para pensar, estava alegre pelo fato de Finn estar ali. Não apenas porque ele o salvaria de Asher, mas por ser ele mesma, Finn Wolfhard, o garoto que ele era apaixonado.

— Vocês realmente são lindos juntos! — o tio de Jack se pronuncia. — Finn, agora você é da família!

Mas já?

O garoto riu, junto com todos os outros na mesa, menos seu primo. Ele claramente estava incomodado com a situação do momento. Para algum outro familiar que percebesse, ia achar que havia algo estranho, mas para Finn e Jack, e isso era uma coisa boa.

— Asher, você está tão calado. Não está contente com seu primo finalmente aqui? Você fala tanto dele! — a senhora Angel falou quando percebeu o comportamento do filho.

— Na verdade, não estou contente mesmo. Acho que hoje deveria ser uma reunião agradável de família para comemorar seu aniversário. Não achei que teríamos um intruso aqui. — despejou tudo em cima da família, olhando diretamente para Finn, que o encarava também.

Era quase possível ver faíscas de raiva saindo dos olhos de ambos. Aquela seria uma longa tarde.

...

— Você toca? — Jody, marido da aniversariante, questionou surpreso.

— Sim, eu pratico o guitarra já faz um tempo... — Finn respondeu envergonhado, não estava acostumado a ser o centro das atenções.

Jack estava adorando a cena, ver o garoto com vergonha de ser prestigiado era tão fofo, mas tão fofo! Estava sorrindo toda vez que isso acontecia.

— Como é que se toca guitarra? Assim? — senhor Angel fez alguns movimentos, fingindo estar fazendo diferentes acordes na guitarra.

— Amor, pare de passar vergonha! — a esposa o interrompe, rindo.

Após o clima tenso do almoço, Asher decidiu sair de casa e ir para algum lugar desconhecido. Isso foi o impulso para que a conversa focasse em Wolfhard, as perguntas foram feitas e, aos poucos, seus tios e pais se animaram.

Na visão de todos, ele era literalmente o garoto perfeito.

"Jack, você tirou a sorte grande!", sua prima falou, o deixando vermelho.

"Quem me dera ter arranjado alguém como você, meu querido!", a tia disse para Finn, ouvindo as reclamações do marido em seguida.

Foi divertido, os adultos eram bem modernizados. Quer dizer, eles apenas não eram conservadores como a maioria do país. Esse era um dos motivos que faziam Grazer amar muito a família que tinha.

Na hora de ir embora, ele novamente dormiu, dessa vez, sem sonhos. Porém, antes de dormir, quando estava esperando junto ao namorado no carro, pode ouvir sua mãe e tia conversando.

— Eu não sei mais o que fazer... a psicóloga dele me chamou, e disse que Asher pode ser considerado um maníaco, Angie. Um maníaco! Meu filho é um maníaco! — falou a última parte euforicamente.

Coco parecia desesperada, sua expressão mostrava isso. Em todos os momentos em que Jack foi abusado por Asher, nunca pensou em como sua tia reagiria ao descobrir no que sua cria teria se tornado.

Realmente, deve ser um choque.

Dormiu pensando nisso, apoiado no ombro de seu amor, esse que mexia no celular, provavelmente jogando Piano Tiles, hora ou outra olhando para ver se seu Jackie não estava numa postura desajeitada ou até mesmo com baba escorrendo pela boca.

Às vezes, Jack babava enquanto dormia, e ele achava que o garoto parecia um recém-nascido.

Recebeu uma notificação de um aplicativo qualquer que tinha instalado, avisando que teriam um ensaio extra para o dia do show de talentos que participaria. Deslizou a notificação para o lado, voltando a focar no belo rosto e quase sem imperfeições ao seu lado.

Sorriu, pensando em como era o garoto mais sortudo de todas por ter Jack ao seu lado, agradeceu por tudo isso e muito mais, olhando para o teto do carro sem se importar com mais nada.

Tudo estava bem.

porn boy!   (  FACK  )Onde histórias criam vida. Descubra agora