DOMINICUm mês se passou.
O padre então, no jardim dos Wills, o clima frio, com pouquíssimas testemunhas, presenciaram o desfecho terrível das últimas semanas.
Olhei para Lady Wills, ou melhor, a duquesa de Abbey Mount, incrivelmente bela dentro de um vestido simples a minha frente, inúmeras olheiras e cansaço sobre seus ombros.
Suspirei quando seu olhar, desviou-se do meu, fadados a um destino juntos, mas completamente desconhecido.
E foi selado, a veracidade da minha palavra dada a George Wills.
— Sim. — Proferi.
(...)
— Sim. — Retornou a mim.
(...)
Por fim...
— Pelos poderes a mim investidos, eu vos declaro, marido e mulher... Pode beijar a noiva!
Quando me aproximei de minha esposa, para um simples selar de lábios, com a intenção de não parecer tão frio, esta abaixou a cabeça, e com minha boca então, depositei um beijo em sua testa.
Não houve aplausos ou festas, pude ouvir ao fundo, o choro de Abigail.
_________
Durante a viagem de volta a Londres, com Edith Hallward, minha esposa fingindo dormir, minha mente repassava o último mês.
A morte de George Wills foi um baque forte demais para ela, que se confinou no quarto por dias, era perceptível para qualquer pessoa o quão devastada ela estava pela perda, por estar órfã. E eu me compadeci, como alguem que também já perdeu os pais. Eu conhecia essa dor, e ela não era em nada fácil de lidar.
O homem queria tanto casa-la por que sabia que tinha pouco tempo de vida, aquela doença terrível e inominada havia o tragado. Era justificável sua preocupação em não deixar a filha desamparada.
Então, Harry fez questão de me apontar uma realidade. George Wills estava morto, então necessariamente eu não precisava me casar com Lady Wills.
Mas eu não pude, depois desse acontecimento simplesmente virar as costas para ela. Como se fosse um completo insensível.
Eu acabei saindo da fazenda dos Wills como se é esperado, e acabei ficando em uma propriedade do marquês de Hamilton, meu cunhado, em uma cidade próxima a Camberley. Onde eu deveria desde o inicio, ter me hospedado.
Então eu pedi Lady Wills em casamento, nada pomposo ou festivo, ela estava de luto e não era um casamento totalmente consentido.
Ali mesmo na sala da fazenda, com senhora Abigail presente, usei as alianças que já havia comprado. E ela aceitou unicamente para fazer a última vontade de seu pai.
Logo tudo foi organizado pela própria governanta, em uma semana nos casamos. Sem diálogos sobre um futuro, apenas aceitando tudo isso... Ela não teve nenhuma objeção sobre viver na propriedade Abbey Mount, e isso, facilitou tudo.
E eu não sabia o que esperar, eu a via dormir a minha frente. Perto o suficiente para que eu a tocasse, mas havia um precipício entre nós.
Olhei pela janela, a noite já havia caído, a viagem até Londres seria longa, seria certamente mais seguro, passar a noite em uma hospedaria para seguirmos viagem amanhã de amanhã, quando estiver claro.... As estradas são cheias de ladrões, a violência cresce de maneira absurda.

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Reverências ao Duque
RomanceUm acordo entre pais, negociando o futuro de seus filhos. Em seu leito de morte, Charles Hallward, o duque de Abbey Mount, conta a seu único filho, Dominic, sobre um trato feito há muitos anos, com um rico fazendeiro do interior de Surrey, do qual o...