Natália On
Certa vez, quando eu tinha uns seis anos, eu não gostava da professora da creche e ela sabia disso, então fazia o possível para tirar a minha paz, era auele tipo de professora que inferniza os pirralhos, sabe? Eu ficava com muito medo, pois sempre meus pais me ensinaram que eu devia respeitar os mais velhos independente da situação, mas, eles também me ensinaram a sempre dizer a verdade, sempre, eles diziam que se eu estivesse com um problema, a primeira parte de tudo era contar para alguém, pois se me incomodava era sinal de que eu não conseguia resolver sozinha. E eu cresci assim, sendo uma jovem bem resolvida, sendo alegre, respeitando todos e sendo gentil, como a minha mãe sempre me educou. Ela é um exemplo vivo de todas essas qualidades, afinal, a mulher era o máximo, divorciada, mãe solteira, cria a filha e sobrinha desde pequenininhas e nunca precisou da opinião de ninguém para educar a gente. Meu pai da uma força legal também, mas só quando minha mãe não aguenta o tranco, fora isso, ele não se envolve muito na minha criação pois dizendo ele não sabe lidar com mulheres.
- Falou o cara que teve 17 namoradas em meio a uns dez anos, se não me engano.
Agora ele sossegou com a Nancy, uma morena muito bonita de 28 anos que ele diz ter conhecida na nossa viagem para Fernando de Noronha. Ela é maneira, me trata super bem quando passo os fins de semana e férias lá na casa dele e vive tentando me agradar, só que sabe quando tu não tá afim? #preguiça
Mas enfim, voltando a falar de mim, desde que me entendo por gente, eu nunca tive problemas em expor o que tô sentindo, o que tô pensando, sempre fui mente aberta e tinha uma língua ótima pra debater diante do que eu não concordasse, porém, no auge dos meus recém completados 16 anos, me vi num jogo de cintura o qual eu tava ficando maluca. Um tempo atrás, eu me sentia meio estranha, meio deslocada sabe, eu queria ser como todo mundo mas algo em mim não batia, foi então que eu conheci a Vic, uma branquinha muito louca que entrou na escola pra causar com a minha vida. A menina vivia atrás de mim igual um cachorro sem dono pra tentar ficar comigo sendo que eu nem sabia direito o que eu era, me seguia e me atentava pra cima e pra baixo, até que ela, numa festa de fim de ano que rolou na escola, me beijou na escadaria do segundo andar. Aquilo ali foi diferente pra mim, mas um diferente bom, eu tinha adorado aquilo e apesar de ter só 14 anos, eu sabia que mesmo aquilo sendo novo pra mim, eu tinha que aceitar o fato de que eu era :
Lésbica!
Meus problemas não começaram por aí, muito pelo contrário, quando eu pensei que tava tudo certo e que eu ia ser a adolescente mais foda e bem resolvida do mundo, me bateu o desespero quando a minha melhor amiga Analu me perguntou :
"Vai contar pro seus pais quando?"
Ah vai se fuder né? Por que os pais existem mesmo? Eu não queria de jeito nenhum que eles soubessem, primeiro, meu pai ia surtar, segundo, minha mãe ia ficar terrivelmente decepcionada comigo, e terceiro, como é que eu iria olhar na cara deles vendo o nojo estampado em seus rostos.
Não, meus pais não são homofóbicos, quer dizer, eu acho que meu pai não é né. Mas a minha mãe, essa aí eu tiro o chapéu mesmo, ela sempre soube da opção sexual do Davi( meu amigo) e da Vic, e mesmo assim deixava eles irem lá em casa, dormir lá, me deixava sair com eles, e tratava eles até melhor do que me tratava. Mas de qualquer forma, pimenta no cu dos outros é refresco não é isso o que dizem? Eu não sei o que ela pensaria descobrindo que eu sou lésbica.
Até agora, eu levei isso tranquilo, mesmo no sigilo eu consegui ter uma vida normal e sem julgamentos, na escola todo mundo que me via sentia de longe que eu gostava de menina, afinal, eu já fiquei com outras além da Vic e eu não fazia questão alguma de deixar isso em segredo, afinal, eu tava na escola né, o que poderia dá errado?
Foi quando, eu conheci ela
Bruna matozzo
A mina mais apaixonante que eu já conheci na vida.
Notas da autora
Embarque com a Natália Fonseca nessa divertida historia em que vamos vivenciar junto com a queridinha seus dramas adolescentes e se apaixone comigo nessa mais fofa história de amor do meu casal Brunat.
Para a Natália, ja era difícil esconder sua sexualidade da família , mas ela viu seu mundo virar de cabeça para baixo quando a Bruninha apareceu em sua vida. Tendo o pai ogro que tem e a mãe louca, imagina o que essa história vai dar?
----***----
*Eu sou péssima em fazer sinopse, Deus me livre. Mas enfim, é isso né. Quero que se divirtam e interajam bastante com comentários e estrelinhas, vai ser legal dividir essa história super bacana com vocês e eu espero de verdade que gostem. Bom, já vou preparando vocês que aqui não vai ser nenhum livrinho de contos de fadas não viu, vai ter palavrão, vai ter putaria, vai ter porrada, vai ter de tudo que cê pode imaginar aí... Mas, se você não gosta desse tipo de coisa está livre para voltar para sua biblioteca e continuar relendo aquele livro que você só abre quando tá no tédio
Eu não sei qual vai ser a frequência e dia de postagem, tipo, quando der eu posto aí. Sempre que tiver capitulo pronto eu vou soltar.
Vou ver se mais pra frente faço um capítulo com os personagens ok?!
Beleza pessoal, acho que é só. Me ajuda seus puto, comenta bastante pra mim saber oq cês tão achando.
Até mais e beijinhos bem açucarados pra vcs 💕🌈
VOCÊ ESTÁ LENDO
Confissões De Uma Adolescente Lésbica
Teen FictionEmbarque com a Natália nessa divertida historia em que vamos vivenciar junto com a queridinha seus dramas adolescentes e se apaixone comigo nessa mais fofa história de amor do meu casal Brunat. Para a Natália, ja era difícil esconder sua sexualidad...