Podemos determinar nosso destino?

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Me pergunto, se escrevemos o nosso destino, ou se somos forçados a segui-lo, dependente do que as outras pessoas plantam em nosso caminho? Nem sempre nossos destinos são traçados de acordo com nossos méritos, a vida apenas nos apresenta o jogo e nós somos forçados a jogar da maneira que nos convém. No meu caminho, nenhum vento foi favorável, naveguei sem destino, porque por todo o tempo eu tentava fugir do jogo, que a vida me propôs. Portanto, concluo que destino para mim não é uma questão de escolha, mais sim de sorte, e eu? Não tive.

Recordo-me como se fosse nesse exato instante, era uma manhã de domingo, acordei com o raiar do sol invadindo meu quarto pela janela do lado direito, e ainda no aconchego da minha cama e mediante o enfado da noite mal dormida, devido a ansiedade pela chegada do dia seguinte, aspirei profundamente, virei-me e deparei-me com os olhos brilhantes azuis e a voz calma e doce do meu pai;

_ Bom dia! Meus olhos lindos.

_ Bom dia! Pai.

Respondi com grande entusiasmo o envolvendo em um enorme e amoroso abraço, se tratava de um dia especial para mim, e as coisas pequenas e simples já me deixavam eufórica.

_ Hoje é o seu aniversario, meus olhos lindos. Você está feliz?

_ Sim

_ Muito ou pouco?

_ Super feliz. Afirmei, olhando para o seu rosto sorridente. 

Há momentos que parecem serem tão simples, que não percebemos a importância que tais possuem, só nos damos conta quando esses momentos passam a ser apenas belas lembranças.

_ Tenho uma surpresa para você.

_ O que pai? O que? 

Antes que ele pudesse responder, escuto passos desesperados e gritos estrondeantes vindo da escada em direção ao meu quarto.

_ ZEYNEP, ZEYNEP!

_ O QUE FOI, Baris? Respondi assustada e intrigada, devido tanta pressa por parte dele. 

Eu e Baris, éramos vizinhos e melhores amigos, nós estávamos sempre juntos. Ele era o tipo de pessoa elétrica que sempre fazia todos que estavam ao redor felizes.

_ Hoje é seu aniversario. Então, eu vim lhe entregar meu presente. Falou ele apressadamente e com um exuberante sorriso no rosto.

_ Meus olhos lindos, irei trabalhar agora, a noite nos vemos.

_ Más... PAI! E a minha surpresa?

_ Seja paciente Zeynep, a noite você verá. Falou-me com um devasso sorriso.

_ UUFF...pai.

Ele me deu um forte abraço e um beijo caloroso na bochecha, eu retribui igualmente. Então, ele falou com Baris, de um jeito engraçado apertando suas rechonchudas bochechas, logo depois, desceu as escadas, despediu-se de minha mãe, e foi trabalhar.

_ Então Zeynep, você não vai abrir meu presente?

_ Vou sim, Baris. Respondi com grande alegria e entusiasmo, pois se tratava do presente do meu melhor amigo.

_ Certo! Mais primeiro tenta adivinhar o que te comprei.

_ Tá bom! Hmmm, deixa-me pensar.

_ Você não vai saber, não vai. 

_ Claro que não vou, você não cala a boca para que eu possa pensar direito.

_OOFF! Tá certo, Zeynep, calei. 

Nada além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora