Infelizmente, não podemos escolher se queremos ser ou não feridos. Naturalmente as coisas acontecem e nunca estamos preparados para lhe dar com tal situação. Eu não acreditava em destino, sempre achei que as coisas aconteciam por pura convenção, gradativamente. Talvez, por isso, tinha em mente que minha vida era mísera e sem valor, porque no meu ver os fatos ocorriam por que permitíamos de alguma forma que acontecessem, de certa forma, meu raciocínio estava certo, alguns capítulos ocorrem porque damos oportunidades para que haja, no entanto, nem tudo acontece porque permitimos, alguns se concretizam porque já tem um desígnio. É desgastante, pensar como passei tanto tempo descrendo em algo que estava explicito. Contratempo, é acreditar em destino por meio da dor.
No caminho para o hospital, o tempo parou. Desoladamente eu continuava projetando uma força que não existia, na tentativa de esconder minha tristeza. O meu silêncio era uma enunciação de sofrimento e angustia.
_ Zeynep, como se sente?
_ Vou ficar bem Azura, não se preocupe. Respondi de forma distante e vaga.
Eu não estava bem como disse, mais não queria expor os meus sentimentos, quanto mais se coloca para fora, mais dor se sente.
_ Chegamos Zeynep.
Repentinamente o que eu mais queria se tornou algo indesejável. Eu queria ir ao hospital mais do que tudo, precisava desesperadamente saber como meu pai estava, mais ao chegar, o medo apoderou-se do meu ser.
_ Zeynep! vamos?
_ Sim.
_ Bom dia! Falou Azura com a recepcionista do hospital.
_ Bom dia! Em que posso ajudá-la?
_ Você poderia nos informar onde se encontra o senhor Alican Aires? Por favor.
_ Claro, só um momento.
Quando estávamos nos dirigindo a onde estava meu pai, era possível para mim escutar meus batimentos cardíacos, de uma forma acelerada, minha respiração estava ofegante ao ponto de não conseguir respirar, uma ansiedade angustiante tomou conta de mim. Os corredores do hospital estavam se tornando cada vez mais estreitos sentia-me em uma crise de pânico incontrolável.
_ Zeynep, você está bem?
_ Zeynep?
_ Ah! Sim?
_ Perguntei se você está bem?
_ Irei ficar.
_ Fique calma. Certo? Tudo se resolverá. Balancei a cabeça em resposta a Azura, confirmando.
_ Sua mãe está ali, Zeynep.
_ Sim, Azura. É ELA.
Segui em direção a minha mãe, ela olhou-me com um olhar apologético e triste. Eu sentei ao seu lado e me aproximei dela. Diante desse cenário me senti profundamente triste e nostálgica.
_ Mãe? Onde está o meu p-pai? Perguntei em uma voz tremula.
As palavras eram difíceis de sair. Porque o medo das respostas não serem o que eu esperava, me possuía.
_ Ele está na emergência Zeynep. Eu não sei ao certo o que está acontecendo. Falou com lágrimas banhando seu rosto.
É impressionante como a vida é indecifrável, ela te pertence, você a comanda, mais em segundos de algum minuto, pode não ser mais nada disso. Se torna difícil de entender, ao mesmo tempo que nossa vida nos pertence ela também não pertence. Mediante esse fato se torna algo indecifrável. É realmente um mistério que nos traz grandes dúvidas, no entanto, ao mesmo tempo que nos promove dúvida no fornece conforto, porque é algo geral, não é algo único.
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Nada além de você
RomansaPrólogo: Uma história de amor, contada por; Zeynep Aires, ocorrida na romântica e deslumbrante, Turquia. Todo mundo tem um sonho! Será que todos são realizados? Eu tinha toda uma vida planejada, repleta de sonhos, mais presenciei todos os meus plano...