Caos. Caos por toda parte.
O governo cedeu. O exército americano sucumbiu aos mortos.
Não resta mais nada no mundo outrora vívido.
2 meses de praga e os sobreviventes estão agarrando-se ao máximo no pequeno fio de esperança, os amigos.
Atravessei a rua ensanguentada com uma adaga virada para baixo. A palma da minha mão suada quase causa o uso de cabo deslizante pelos dedos, mas também mantém a minha única defesa contra esses mortos filhos de uma puta. Pisei firme sob uma seca seca, agradecendo aos céus por não estar mais uma vez pisando em sangue fresco ou qualquer outro tipo de fluído nojento. Nunca sei quando a pele morta toca nos olhos ou apenas no sangue .... Bom, prefiro não pensar nisso agora, já tenho muitas coisas pelas quais estou preocupado.
A cidade completamente quieta - Antes de ver como um antro de buzinas, granitos, sirenes de policiais e corredores, um verdadeiro manicômio, agora esta literalmente morto. King County, um estado da Geórgia, Estados Unidos da América, sempre foi meu lar, desde muito pequeno. Lembro-me com riquezas de detalhes quando ainda era apenas uma criança sem o pai por perto, tentando chamar a atenção da mãe que vivia trabalhando para sustentar os 3 filhos. Agora, 2 meses depois, meus olhos enxergam apenas lembranças do passado .... Memórias estas que você deve proteger.
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- Lucas, estou com fome. - A garotinha loirinha suplicou para mim com aquela voz manhosa.
Respirei fundo pela terceira vez. Guarde uma cintura antes de agachar para poder olhar nos olhinhos de Larissa, minha irmãzinha menor. Abri um sorriso sincero, deixando mostrar os dentes brancos e enfileirados. Anos usando o aparelho significado para alguma coisa, graças a Deus, isto é, se ele existir, ou que muito. - Vai precisar perdoar o irmãozão dessa vez. Mas olha, assim que achar alguma coisa, prometo para você, valerá a pena. - Tentei ser o mais gentil possível.
- Sorte, não precisa mentir para Larissa, ela sabe nossa situação precária. - A voz debochada de Giovanni, meu irmão do meio, me fez abaixar um pouco a cabeça. O sorriso desmanchou-se, dando lugar a uma expressão séria. Peguei Lari no colo antes de virar-me para o loiro de olhos azuis atrás de mim.
- Da pra colaborar pelo menos uma vez? Caralho Gi, esse seu pensamento negativo só traz merda pro nosso lado. Cala boca e continua andando, precisa encontrar algum lugar para passar a noite. A cidade pode ficar tranquila por enquanto, mas já sabe, os mordedores aparecem quando menos esperamos. - Firmeza, essa é a melhor palavra para definir minha voz e minha postura nesse momento.
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