Quem é ele ?
O mafioso mais frio que existe.
Cometeu o seu primeiro assassinato aos 09 anos de idade. Por ter um pai com câncer, a sua iniciação começou muito antes dos costumes.Afinal, ele não deveria demostrar sentimentos. Ele seria o mais novo...
- Senhor, temos que fazer uma cesária. Ela não vai colocar força suficiente, e vamos perder uma das duas. - falou a doutora preocupada.
- Faça. - apenas falei.
A cirurgia foi bastante delicada, durou cerca de 3 horas, afinal, tudo era feito com bastante atenção.
Quando a doutora levantou aquela pessoinha tão pequena, eu fiquei em choque. Simplesmente paralisada com aquela imagem e somente quando aquele choro se intensificou, eu despertei e fiquei desesperado.
- O que houve com ela? Por que ela está chorando ? Eu vou matar todos vocês! Por que não me respondem ? - falei em desespero.
Os médicos e enfermeiros se encaravam com confusão, mas todos sabiam quem eu era.
- Senhor, o choro da criança é normal ao nascer. - falou me olhando estranho.
Eu apenas me calei e senti algo líquido em meu rosto. Ao tocar, percebi que era um lágrima. Como pode uma pessoa que nem existia, causar tanta confusão na minha mente.
...
Batidas na minha porta interromperam os meus pensamentos.
- Com licença. Senhor, eu sou Luna. Fui contratada para examinar a bebê, sou médica pediatra Brasileira - falou enquanto esticou seu braço em minha direção.
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Ei ignorei completamente o seu gesto e apenas falei.
- Vamos resolver isso agora! - falei grosso.
Ela ficou sem jeito e um tom avermelhado tomou seu rosto. Eu me levantei e ela me seguia praticamente correndo.
Um quarto havia sido preparado para a criança. Eu nunca entrei nesse lugar, e não pretendo fazer isso hoje. Então, fiquei na porta e a loira a minha frente ficou sem entender.
- Entre! - falei ríspido.
Ela não falou nada, apenas passou por mim e quando abriu a porta eu senti um cheirinho tão bom. Tentei recusar os meus pensamentos e tratei de sair rápido dali.
Voltei para o escritório e olhei para o telefone. Após essa análise médica, eu faria uma ligação e a criança seria levada para o abrigo. Os segundos se passaram lentos, mas pouco a pouco eu ficava mais nervoso.
- Entre! - gritei
A doutora estava de volta a minha frente para me dizer tudo sobre a criança.
- Senhor, assim que olhei a criança, notei algumas características, então fiz alguns exames para comprovar as suspeitas. - falou receosa.
- fale logo, não tenho o dia todo! - falei.
- A bebê possui síndrome de Down, ou seja, é quando há presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de uma criança. Isso ocorre na hora da concepção. - falou devagar.
- Então dê um remédio, não importa o preço. - falei nervoso.
- Senhor, síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança.
- Mas, isso não pode estar acontecendo! - falei incrédulo.
- Senhor, ela é apenas uma criança que precisa de alguns cuidados clínicos e muito amor. Afetividade vindo dos pais é o mais importante nesse momento. - falou seria pude perceber medo nas suas palavras.
Passei alguns minutos em silêncio...
- Onde Você Mora ? - perguntei de repente
- Senhor, eu... Não entendi a sua pergunta...
- Você não precisa entender, apenas me responda. - falei.
- Eu moro no Brasil. - falei seria.
- Quanto você quer para ficar tempo integral com essa criança ?
