Friday I'm in Love

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Vou começar pedindo desculpas pelas notas longas, porque provavelmente as notas vão ser meio longas, mas é por uma boa causa.

Essa oneshot bem clichezinha foi escrita com muito amor, não só para a minha idolsa secreta, mas para todo o grupo de idolsas que eu amo demais. 

Encontro vocês nas notas finais e boa leitura!

A correria do dia a dia não era nenhuma novidade para Jungkook, apesar dele tentar sempre fugir dela. Nas manhãs, o garoto se ocupava na produção de doces e bolos na cozinha pequena da confeitaria bonita do bairro. 

Não era nada além de um auxiliar de confeitaria; não ganhava muito, mas era feliz daquela forma. Gostava de assar e confeitar bolos, bem como gostava de cozinhar os brigadeiros gourmet que a confeitaria oferecia; era quase como uma terapia para ele. 

O problema mesmo começava quando tinha de se locomover para a outra loja — uma lojinha pequena localizada dentro de um clube para pessoas que ganhavam pelo menos uns seis salários mínimos, o que estava bem longe de sua realidade. 

Jungkook era, além de confeiteiro, atendente e barista da loja que guiava sozinho durante as tardes e os finais de semana.

O garoto não se sentia realmente feliz em ter que atender as pessoas, principalmente quando adolescentes, que eram no máximo quatro anos mais novos que ele, o chamavam de tio. Nada o irritava mais do que ser tratado como alguém com mais de trinta anos por moleques mal educados. 

Jeon Jungkook, 20 anos, aspirante a confeiteiro. Nada poderia definir Jungkook melhor do que o termo apaixonado. Amava doces, amava HQs, amava jogos eletrônicos e amava livros, principalmente os que lotavam sua estante. Ele era apaixonado por muitas coisas, mas crianças e adolescentes com certeza não faziam parte do seu grupo de coisas adoradas. Jeon apenas as aturava. 

Trabalhar ali não era lá de todo mal, afinal, o moreno podia ouvir as músicas que quisesse e, vez ou outra, comia um cupcake de Nutella quando tinham produtos demais e ele sabia que sua chefe não perceberia. Isso nem de longe era uma atitude correta, mas ele não era nenhum santo. 

A confeitaria oferecia um estilo europeu em sua decoração: detalhes vitorianos esculpidos em madeira que remetiam às pâtisseries francesas, com suas vitrines cheias de bolos, macarons, cupcakes, cake pops, brigadeiros e outros docinhos que misturavam culturas diversas. 

Não podia negar que todos os dias desejava que os clientes não aparecessem. Ora, era óbvio que dependia dos clientes para que seu salário fosse pago, mas correr para atender pessoas estando sozinho na loja não era exatamente divertido. Simplesmente adorava quando o movimento estava fraco e podia se sentar, tomar um cappuccino e ler um livro. No momento, carregava consigo o primeiro volume da trilogia de cinco de O guia do mochileiro das galáxias e estava começando a pensar seriamente em começar a levar uma toalha na bolsa.

A pequena lojinha se localizava em um ponto estratégico — em meio aos quiosques de alimentação, o parque infantil e a área da piscina do clube. Era o local perfeito para as crianças pestinhas irem lhe torrar a paciência atrás de docinhos, molhando todo o chão, que, todos os dias, ele limpava antes de abrir as portas de vidro. 

Apesar das paixões que Jungkook colecionava em sua vida serem muitas, todas eram por coisas inanimadas; por histórias, por experiências, por sentimentos e também por alguns objetos. Bom, talvez não só por coisas inanimadas, pois amava seu cachorro, Gureum, e também amava os gatinhos que passeavam em torno da loja; mas não amava pessoas. Sua primeira e única paixão real, até então, tinha sido por um garoto no colegial. 

Cappuccino  • [jjk + pjm]Where stories live. Discover now