Um Caso Suspeito

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O cheiro de mofo impregnava o ar do local, Jackson tentava entender onde estava na imensidão escura que era aquele ambiente. As paredes pareciam descascadas e velhas, enquanto o chão aparentava ter sido completamente destruído pelo tempo.

-"Mas que porra é essa?!"-Pensou ele.

Aquele cômodo não se assemelhava em nada com sua casa, a qual tinha certeza que estava minutos atrás, tinha total certeza de ter chegado ao seu apartamento, tomado banho, um belo café e ido se deitar. Agora acorda em um lugar abandonado e imundo, diferente de seu lar limpo e típico de um britânico moderno. Jackson Ried é um detetive jovem dos Estados Unidos, nascido na Inglaterra, achou melhor se mudar, pois não aguentava as formalidades britânicas e se sentia melhor com os companheiros da antiga colônia.

Ele tateava com cuidado a parede em busca de alguma pista de como poderia sair e se haviam deixado alguma armadilha, mas a única coisa q encontrou foi uma porta enferrujada e um pequeno duto de ventilação, o qual o permitia continuar vivo em tal ambiente confinado. Arranhões e grunhidos podiam ser escutados do outro lado, um som bestial, sem maneira de identificar de que animal provinha.
Sem muitas opções, se viu obrigado à abrir a porta. Um movimento brusco a porta destravou e revelou sua cidade deserta e sem vida, como se o inferno tivesse tomado conta do local e o tempo houvesse destroçado seus habitantes. Quando subitamente ele é atacado por algo que não identifica e acorda em sua cama com um grito, encharcado de suor e respiração ofegante.

-"Outro maldito pesadelo..."-Ele disse limpando o suor do rosto e indo até o banheiro.

Jack pegou sua toalha e tomou um banho de água fria, para limpar qualquer vestígio daquele sonho incômodo que tivera. Parecia real demais. Ele tinha certeza que estava em algum lugar, semelhante à sua cidade, naquele momento. Pela primeira vez temeu a morte de verdade. Seu trabalho é perigoso, já encarou a morte diversas vezes, mas esta foi a primeira vez em q ue sentiu medo real, sentiu a situação fora de controle.

Fechou o chuveiro e saiu para seu café matinal, tentando esquecer aqueles pensamentos horríveis, fez o café da manhã de sempre, torradas com ovos e um belo café expresso. Comeu calmamente e pegou seu terno para vestir. Jackson é um homem jovem de 25 anos apenas, então o terno lhe dá um impressão de elegância, com seus cabelos negros bem arrumados e seus olhos castanhos, cor de mel. Ele desce as escadas rapidamente e abre a porta para a rua.

-"Você está com uma cara horrível!"-Jack leva um susto, porém logo percebe que se trata de seu amigo Michael.

-"Jesus, Mike! Você quase me mata do coração."-Disse ele

-"Teve outro daqueles pesadelos?"
-"Sim, acho que estou trabalhando demais..."

-"Já foi na paranormal que te falei, tenho certeza que ela decifra estes sonhos bizzaros."-Disse Mike abrindo a porta de seu carro, oferecendo-lhe uma carona.

-"Você sabe que sou um homem cético, não acredito em tais baboseiras espirituais. Sonhos são manifestações do estado mental, Mike."

-"Se for assim você está tão fodido quanto minha avó no asilo."

O Tempo passou enquanto Michael dirigia para a delegacia, enquanto Jack preferiu olhar a paisagem. Ele adora ver as pessoas acordando, os primeiros raios de Sol batendo nas casas e a cidade ainda abrindo os olhos para receber o novo dia que havia chegado. O calor daquela manhã de verão começava à se propagar pela cidadezinha enquanto seus olhos começavam à fechar lentamente.

-"Vai ficar aí ou vem comigo?" - Disse Michael surpreendendo Jackson.

Ele não havia percebido que vieste à adormecer na viagem. O sonho desta noite foi forte demais, parecia que ele esteve acordado durante todo o processo.

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