O fim?

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Ela. Vou chamá-la carinhosamente pelo apelido que dei a ela: 'Juh'. Morena, com 1,63 m de altura, cabelos cacheados e volumosos, lábios carnudos e delineados, pele clara e olhos castanhos, quase negros, que têm algo especial... Sabe? Apenas aqueles que os encararam entenderiam.

Já nos conhecíamos há cerca de 6 anos e, nesse tempo, tivemos dois relacionamentos, sendo o último deles o mais duradouro, com aproximadamente 2 anos e 7 meses. Durante esses anos, testemunhei as transições de fases que geralmente são desafiadoras na vida de uma jovem. Isso incluiu a passagem da adolescência para a fase adulta, com seus conflitos internos — a última, acredito, sendo a mais traumática para ela . Estive presente em todos esses momentos. Em alguns casos, estive lá, de forma direta e envolvido, enquanto em outros, mantive uma presença distante, mas atuante — mesmo que ela nunca tenha tido conhecimento de tudo isso . Hoje, enfrentamos mais uma fase difícil, e mais uma vez estou aqui!

O dia começou de maneira estranha. Já se aproximava das 15:00h, e parecia que ainda teríamos que enfrentar uma eternidade de horas antes que aquele dia chegasse ao fim. Estávamos vivenciando um daqueles dias, sabe? Indecisões, preocupações, medos e inseguranças permeavam cada respiração, como se fosse o 'cheirinho de comida' dos desenhos animados. Abordávamos sobre nosso relacionamento, que naquele momento se dirigia para o seu desfecho. O clima era denso, impregnado de melancolia (pelo menos, segundo ela), com a sensação latente de que, naquele instante, algo precioso estava escorrendo entre nossos dedos.

Ela estava sentada na cama, com as costas apoiadas na parede. Eu, deitado em seu colo entre suas pernas. Encarávamos toda a situação com um profundo pesar. A angústia era um sentimento compartilhado entre nossos corações, e a sensação de peso no peito, acompanhada por um 'nó' na garganta, enchia o ambiente com um silêncio insuportável. Foi ela quem rompeu o silêncio:

‒ Tudo bem com você? ‒ Notei que você está inquieto, como se algo estivesse te incomodando.

‒ Está tudo bem! ‒ Respondi quase como um sussurro.

Entretanto, ela não se contentou com minha resposta e continuou me encarando na esperança de decifrar o que se passava pela minha cabeça, já que eu estava realmente agindo de maneira estranha.

‒ Tem certeza de que está tudo bem, mesmo? ‒ Insistiu ela.

Pensei, "tenho que disfarçar melhor, ela está percebendo tudo". Ao mesmo tempo, questionava-me: tudo o quê, afinal? ‒ É um término, é claro que ela sabe que não está nada bem. Ela só está tentando puxar conversa. Nesse momento, ela me lançou um olhar que não via há tempos, e de maneira inesperada:

‒ Quer tomar banho comigo? ‒ Perguntou-me, encarando-me com uma leve mordida no canto da boca, que ao mesmo tempo ensaiava um sorriso sapeca.

‒ Claro! ‒ Respondi surpreso com o convite.

Apenas dois metros separava-nos do banheiro, que naquele momento, foi distância suficiente para percorrermos despindo-nos com os pensamentos mais sexuais possíveis. Eu, como sempre, já estava completamente duro, ela sabia como me excitar e fazia com um lindo rostinho estampado na cara, sem nenhum pudor.

Ao abrir o chuveiro, ela testou a temperatura da água e me convidou para entrar. Observo enquanto a água desliza por seu corpo. Aproveito para apreciar a cena, permitindo que meus olhos percorram até se fixarem em seus seios, e que seios, viu! Durinhos, macios. Ávidos para serem acariciados.

Demos banho um ao outro e durante o enxague, de olhos fechados, enquanto tirava o shampoo dos cabelos, novamente fui surpreendido com seu corpo pressionando o meu contra a parede, uma pressão leve, porém constante enquanto seus lábios tocavam os meus.

O fim?Onde histórias criam vida. Descubra agora