Capítulo 1
Você já tentou esquecer alguém?
Deu certo?
Então, conte-me, como você conseguiu?
Meu nome é Ana, e tenho 18 anos, sou geminiana, tenho cabelos curtos da cor castanho claro, olhos pretos mas que na luz ficam mais claros, chegando ao tom do castanho.
Possuo 1,53 de altura e tenho a coluna de um velho de 80 anos, a mentalidade dividida entre uma criança de 5 anos e uma mulher de 30.
Complexo? Confuso? Sim, eu sei, mas é como sou.
Nesse momento estou deitada em posição de fetal, chorando horrores e sem um pingo de vergonha na cara. É uma cena lamentável de ser ver, eu concordo, não gostava de estar daquele jeito.
Já não basta estar desempregada, eu estou chorando por um uma pessoa que não quer saber nem se eu existo, se estou bem.
Vocês devem estar se perguntando “Por que esse ser está assim tão deprimente?”, pois eu respondo, sou uma TROUXA com todas as letras maiúsculas.
Eu terminei meu relacionamento de quase 2 anos e estou ainda sentindo as dores, e o pior? É que faz quase um ano que eu terminei!
Mas, infelizmente eu não esqueço o meu ex!
Isso me torna ainda mais deprimente, eu sei, bem deplorável.
Tinha até me esquecido dele, mas ele veio passar uns dias na minha casa… e… E sim rolou tudo e até flashbacks do nosso namoro, me entreguei a ele…. Novamente, para meu pior!
E, eu e meu coraçãozinho de manteiga podre se lascamos, no final eu só fui uma noite de sexo para ele .
Fui idiota, fui trouxa e abestada, fui e não nego, posso estar no ápice do sofrimento e humilhação.
Aí vocês se perguntam o que aconteceu depois, e, bom, eu respondo queridos.
Ele não fala mais comigo! Como pode, não é? Ainda me trata como um vírus e um ser inferior, tive três crises de ansiedade por causa dele e não consigo sair desse fundo do poço que me encontro, até bebi pra esquecer minhas merdas e eu NÃO LIGUEI PRA ELE quando estava bêbada, deixando bem claro, antes que você pense “Ah, aposto que ela ligou pro ex”, não, eu não liguei, e, sinceramente? Isso já é uma vitória, não é meninas?
Até sai com um carinha, o que rendeu mais que beijos se vocês me entendem, mas isso não adiantou nada, entretanto consegui transar com uma pessoa sem ser o meu ex, outra vitória meninas.
E, para piorar, ainda estou aqui quase morta em cima da cama, me lembrando dos momentos maravilhosos com meu ex-amor.
A pergunta final é: aonde está meu amor próprio?
A resposta é claro, aparentemente eu caguei ele só pode, se minha mãe me ver assim, tenho certeza que ela vai me dar vergonha na cara na base da violência, e sério, não vai ser nada lindo de se ver.
Nesse momento que estou de meditação em cima da minha "arrumada" cama, sinto o lençol que eu estava embrulhada sendo arrancado de cima de mim, me sinto empurrada com muita gentileza pro chão.
— Aí, minha bunda! — grito de dor com minha queda.
— Levanta dessa cama e toma vergonha nessa cara, vamos, Ana! Vai tomar um banho e escovar os dentes que eu já estou passando mal com esse seu fedor — exclamou minha maravilhosa amiga.
— Já saí da cama, sua grossa, estou no chão e aqui que vou ficar — brandei, me cobrindo de novo com o lençol.
Não passou nem um segunto e sinto minha pernas serem agarradas e puxadas por Larissa, minha melhor amiga.
Comecei a gritar para ela me soltar e ela só me puxou ainda mais, observei ela me arrastar até o banheiro e me empurrar com lençol e tudo pra debaixo de chuveiro.
— Eu não vou deixar você se acabar por causa dele, não mesmo. Ele está bem sem você e você aí morrendo por ele, tenha um pouco de amor por você mesma, Ana! — exclamou Larissa, ela era uma morena bem bonita, seus olhos eram castanhos e demonstravam toda sua raiva no momento, é como falam, não é? Os olhos são a janela da alma.
Senti meus olhos encherem de lágrimas.
— Será que você não vê? Você não pode viver assim, está se destruindo e isso é sua culpa e não dele, no final ele não vai te socorrer, olha só para o que você se tornou! — Ela apontou para mim, da cabeça até os pés. — É uma pessoa que não vive mais!
As lágrimas desciam como cascatas, e não tinha como segurar, Larissa me abraçou e se molhou com minha lágrimas juntamente com a água que caía do chuveiro.
— Eu não consigo, eu não consigo — desabafei em meio às lágrimas, tentando enxergá-la, mas impossibilitada pela minha visão embaçada.
— Você consegue, você é forte e consegue viver sem ele, eu sei que sim, você têm a mim e a sua mãe, não vamos abandoná-la, estaremos com você, minha amiga! Você tem que se amar mais, coloque todo amor em você, até que não exista mais amor por ele, sei que consegue." Eu mesma destruir meu amor pobrio, agora eu tenho que reconstrui-lo. "
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Reconstrução do amor .
RomanceMinha mãe sempre me dizia quando eu era pequena "Um dia você vai sofrer por amor, vai pensar que que nunca vai conseguir esquecer ou fazer esse martírio terminar, mas tudo é questão de tempo ou vontade própria para conseguir que isso tudo acabe." ...