Capítulo 2

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Soltei do ônibus e fui andando para casa, levei uns 30 minutos pra chegar em casa. Assim que cheguei minha mãe estava na sala assistindo novela e chupando laranja.

Me abaixei e tirei meus sapatos e meias, levantei e deixei minha bolsa num canto qualquer. Fui em direção a minha mãe lhe dando um abraço apertado e beijando o topo de sua cabeça.

Sol: Bença?

Rosa: Deus te abençoe. Como foi seu dia?.- ela parou de chupar a laranja e olhou pra mim.

Sol: cansativo. Tô exausta,  vou tomar um banho e me arrumar, já são 20:30. Não quero me atrasar para o baile. - falei checando a hora no relógio em meu pulso.

Rosa: Toma cuidado lá, hein. Seu irmão vai também e vai ficar de olho em você, mocinha.- falou me olhando com olhos semi-cerrados.

Sol: pode ficar despreocupada, sou responsável. E quer saber? Nem vou beber. - ela me olhou rindo e logo falou.

Rosa: até parece que não te conheço, Sol. Quem não te conhece te compra, eu já te conheço por isso não compro. Sua cínica. - falou rindo.

Sol: Mãe, como pode falar assim de mim? Uma filha tão dedicada como eu. - me fiz de ofendida e ela riu me chamando para um abraço.

Rosa: Eu Amo Você Minha Filha. Você e seu Irmão são minha Maior alegria. São meus tesouros, quero que vocês sejam muitos felizes.- falou me abraçando e beijando minha bochecha. - Agora sobe e vai se arrumar, se quiser comer tem comida pronta, só esquentar no microondas.

Sol: Eu Amo a Senhora, de Paixão mesmo. E obrigada, mas já lanchei antes de vir pra casa, tô cheia. Quem sabe quando eu chegar . - dei de ombro e peguei minha bolsa subindo para meu quarto.

A casa era aconchegante, tinha 3 quartos, todos os 3 na parte de cima, em baixo era a sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Uma casa bem humilde mesmo, nem quintal a gente tinha. Mas isso era o de menos. Abri a porta do meu quarto e notei que minha bebê não estava lá, desci novamente até a sala.

Sol: Mãe, viu a Luna?.- perguntei pra mesma que tirou a atenção da televisão e me olhou.

Rosa: Da última vez que a vi ela estava seguindo seu irmão, ele até pegou ela no colo.

Entrei em desespero. Ele deve ter pegado pra leva-la para bem longe, só pode.

Sol: Vou mandar mensagem pra ele.- subi novamente para meu quarto.

Quando passei pela porta do quarto do meu irmão escutei seu ronco.
Abri a porta e a vi deitada na cama do meu irmão, suspirei de alívio e fui até ela, pegando ela no colo.

Sol: Armozinho, não pode ficar na cama do tio, ele te mata de souber que você estava no quarto dele. - beijei ela.

A mesma lambeu meu rosto e latiu. Tirei ela do colo, ela começou a pular em minhas pernas.

Sol: Mamãe vai colocar ração pra você, filha, calma.- falei para ela que sentou e virou o pescoço para a direita. - Vem, vamos para o quarto da mamãe.

Luna veio atrás de mim, ela é meu grande xodó, meu amor da vida. Ganhei da minha avó, antes dela falecer. Um dia antes de sua morte ela me deu a Luna, falou que ela iria me alegrar nos piores momentos. Ela tinha razão, quando soube da morte da mesma, me tranquei no quarto e chorei muito, Luna estava em baixo da cama. Saiu de lá e veio até mim, eu estava sentada no chão, ela encheu meus rostos de lambidas, já me tirando risadas e então pegou um caderninho  no qual minha avó me deu.

Nele dizia: O que não se explica, se sente. O amor não se explica, se sente. Assim como tudo que irá acontecer na sua vida, você irá sentir, e ninguém nunca saberá te explicar o porquê das coisas acontecerem.

Sempre que lia ou lembrava dessa anotação que ela fez no caderninho, me passava um arrepio pelo corpo. Agora mesmo passou um.

Coloquei ração e troquei a água da Luna. Me sentei na cama e peguei meu celular.
Liguei a internet, desligar pra não ter a tentação de mexer nele na rua e alguém roubar, o mesmo vibrou e milhões de notificações apareceram.

Mensagens dos grupos de whatsapp, notificações do Facebook, Instagram, Twitter e até dos meus joguinhos, meus vícios quando não tenho nada pra fazer.

Abri primeiro o Instagram, para as mensagens do WhatsApp irem chegando e não ficar travando quando eu entrar no app, rolei o feed do insta, vários nada.  Depois guiei para o Twitter, ver as fofocas. Olhei por uns 10 minutos e depois entrei no whatsapp.

Primeira mensagem era do meu Irmão.

    ***Whatsapp Zé Ruela que Amo♥️😂***

Zé Ruela que Amo♥️😂: Já está em casa? (19:00hrs)

Sol Fernandes: Cheguei tem pouco tempo. Pq?? (21:00hrs)

     ***Whatsapp Zé Ruela que Amo ♥️😂***

Sai da conversa com ele e fui pra da Lua.

     ***Whatsapp Lua que ilumina ♥️😂😂***

Lua que ilumina ♥️😂 😂: Rapariga? Já chegou? (20:30)
Não esquece do baile, passo aí na tua casa às 23:30. (20:35)

Sol Fernandes: Cheguei quase agora em casa, vou começar a me arrumar agora. Te espero 23:30. (21:01)

Lua que ilumina ♥️😂😂: Não se atrase, por favor, isso é o que você faz de melhor. (21:01)

Sol Fernandes: Não vou me atrasar, se você parar de mandar mensagem, chata.(21:02)

  ***Whatsapp Lua que Ilumina ♥️😂😂***

Ela visualizou e não respondeu. Arquivei as outras conversas, inclusive meu irmão, deixei só a Lua fixada. Arquivar conversas é um caminho sem volta.

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