Contei sobre minha avó paterna, a mãe de Daniel Silva, meu pai, agora vamos falar um pouco sobre a família da minha mãe Ângela Laurentino.
Meus bisavós maternos eram da Alemanha, porém eram também descendentes de judeus, nunca me contaram direito, mas parece que eles fugiram de lá para o Brasil antes, durante, ou depois da segunda guerra mundial.
Aqui, no Brasil, eles, que mal falavam português, tiveram minha avó Maria Laurentino que se casou com meu avô Ricardo Domingos e tiveram juntos todos os meus tios e tias, a minha mãe, que ao todo eram 11 irmãos.
Imagina ter tudo isso de filhos? Deus me livre, mas eles mesmo no sacrifício ainda viviam bem e felizes segundo o que minha mãe me conta.
Meus tios trabalharam muito na roça para conseguir ajudar em casa e minha mãe vivia cuidando de casa e das irmãs. Nunca faltou o lanche para a escola e eles viviam correndo descalços por aí, minha mãe chegou a contar que corria para roubar as galinhas do vizinho para, após depenar e tratar, preparar para comer. Eles subiam em pés de manga, jabuticabeiras, deve ter sido incrível apesar dos momentos ruins que toda família tem.
Infelizmente meus avós maternos morreram antes que eu pudesse realmente conhecer eles, minha avó morreu quando eu tinha 3 anos e meu avô quando eu tinha 6, ele morreu um mês após o nascimento do meu irmão.
Eu sempre fui muito curiosa por essas histórias loucas da minha família, saber o que nos levou até aqui, o que fez de nós o que somos hoje em dia, é tão interessante. Quando eu era pequena tinha muita coisa que não me contavam por que era muito nova, me contavam outras versões e custou até eu saber a verdade, mas não desisti de procurar saber o que aconteceu.
Eu acredito que tudo o que acontece não é por acaso, tem um motivo, eu me agarro fortemente a isso, quando penso nas coisas ruins que me vêm acontecendo, eu imagino que é por uma boa causa e espero que no final tudo faça sentido. Uso esse pensamento para me reconfortar e também porque gosto de procurar conexões nas coisas, saber que uma coisa levou a outra e aqui estou, no final valeu a pena, não foi vago.
Vocês podem chamar de destino, nele você passa por várias coisas, pode considerar sorte ou azar, descaso ou acaso, mas no final tudo te leva a uma coisa só, você mesmo, o que você vai virar e eu espero que o meu seja grande e lindo no final.
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Utopia de ponta cabeça
De TodoHá exatamente 18 anos, no dia 1 de janeiro, no ano 2000, nasceu Mara, cujo o nome foi ideia da mãe ao se maravilhar com as orquídeas de uma floricultura e declarar que o nome de sua filha seria maravilhoso como elas, mal sabia ela que Mara significa...