O Final: Oque eu me tornei por ela.

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P.O.V Rebeca.

No dia seguinte, nós estávamos indo embora.
Se eu estava bem? Nem um pouco, ele não mudou de ideia, ou seja, eu vou perdê-lo, e não sei se vou aguentar isso.

Chequei as passagens enquanto Bertolazzi arrumava as malas, entramos no avião e nos sentamos, fiquei de frente pro Fer, enquanto o Bertolazzi conversava com o piloto.

Estava doendo vê-lo e não poder beijá-lo, mas, ele quis um fim, e eu, não posso obrigá-lo a nada, estava frio no avião, então eu ajustei seu cobertor e acariciei seus cabelos, e me sentei admirando o homem a minha frente, e pensando:

Eu vou perdê-lo, mas desta vez, é para sempre, entretanto, eu vou continuar o amando e isso, é o que mais dói.

Chegamos em Londres, e assim que pisamos no aeroporto, Dona Carolina veio falar com o filho, assim como o Sr.Pelégio.

Depois de cumprimentar o filho, ela veio em minhas direção.

Carolina: Rebeca! Como foi a viagem querida? Está com fome? - pergunta ela sorrindo.

Emmanuel: Se estiver, podemos parar e comer no restaurante internacional do aeroporto.

Beca: Na verdade, eu gostaria de ir para casa. - digo pegando minhas malas.

Carolina: Porque? Aconteceu alguma coisa? - pergunta ela preocupada.

Fernando: Deixe-a ir. - diz ele me vendo cabisbaixa.

Dito isso, eu saio correndo em direção a entrada, quando estou na calçada, Dona Carolina me para, eu sei oque ela quer.

Beca: Não precisa me pagar, eu sinto muito. - digo e embarco, vendo a Sra chorar abraçada ao marido.

Ao me sentar, encosto na janela e fico ali, só olhando a paisagem.

Assim que eu abro a porta, Nadja desce as escadas.

Nadja: E aí?- pergunta ela esperançosa.

Eu permito que todas as lágrimas que eu segurava caíssem, enquanto nego com a cabeça, sinto os braços da minha irmã me envolverem, agarro suas costas e passo um bom tempo ali, tentando ser consolada.

Era a hora do jantar, eu escutava minha mãe reclamar da minha ideia, maluca na sua opinião, de ir ver o Fer.

Ruth: Ele não está em juízo perfeito. - esbraveja ela. - Como uma mãe pode permitir isso?!

Nadja: Mãe, você tem que... - ela é interrompida novamente pela minha mãe.

Ruth: De jeito nenhum! Você não vai! É a mesma coisa que ser cúmplice de um assassinato.

Roberto: Amor, ela quer ir...

Ruth: Minha resposta é não! E ponto.

Beca: Pessoal, eu não vou, e eu já estou satisfeita, vou me retirar. - tento apaziguar a briga.

Nadja: Mas maninha, você sequer tocou na comida. - diz ela me olhando com ternura.

Beca: Sem fome, boa noite. - subo e me derramo em lágrimas novamente, eu não estava aceitando isso.

Algum tempo depois, meu pai aparece.

Roberto: Filha, posso entrar?

Beca: Claro.

Roberto: Desabafa filha.

Beca: Acha que eu fiz a escolha certa? De não acompanhá-los? - pergunto enquanto me deito nos braços do meu pai.

O que eu me tornei por ela...Onde histórias criam vida. Descubra agora