Strawberries & Cigarettes 》Yoonseok.

Strawberries and cigarettes always taste like you.

Suga, era assim que todos o chamavam.

Passar o ensino médio inteiro como um dos garotos mais populares e venerados da escola e mesmo assim ninguém saber seu nome verdadeiro era algo realmente difícil, mas era uma intensa característica sua tornar coisas difíceis em fáceis.

Olhos sempre com aquelas lindas lentes azuis ㅡ mesmo que eu sempre fosse preferir o castanho natural de seus olhosㅡ, jeans preto, cabelos cada bimestre com uma cor diferente e postura firme. Sempre misterioso, intimidador e incrivelmente sedutor, dono de uma personalidade forte e sinceridade vulgar nas poucas palavras que dizia. Inúmeros garotos e garotas caiam aos seus pés. Um típico badboy.

E eu deveria estar afastado dos típicos badboys. Andar com um popular? Não, obrigado. Estava bem sendo apenas um aluno normal pouco conhecido, com amigos normais e ausente na maioria das festas.

Mas não pude fazer nada quando naquela festa na casa dos Kim's, bem no início das férias de verão, Suga se aproximou sorrateiramente de mim enquanto eu brincava de acender e apagar um isqueiro, alheio à bagunça de adolescentes bêbados e rebeldes à minha volta.

ㅡ Acenda meu cigarro.ㅡ Disse próximo ao meu ouvido para superar o som alto, e ao se afastar pude notar o sorriso charmoso que sempre tomava conta de seus lábios atraentes, enquanto usava a mão livre do cigarro para passa-la por seus sempre bem hidratados cabelos, os quais há pouco haviam sido tingidos de preto.

Tentei fugir, mas ele sempre teve um ótimo papo. Seu sorriso cínico era hipnotizante, e até então eu não fazia idéia do quanto sua voz e seu olhar poderiam ser tão encantadores. Mas me julguei internamente apenas quando não me afastei ao vê-lo aproximar-se brevemente, tão perto que eu podia sentir seu hálito quente de halls de morango, apenas para se afastar em seguida com um maldito sorriso cínico e se despedir, afinal, Suga sempre adorou jogos, nos quais ele sempre sairia como vencedor.

Mas eu poderia superar isso.

Mesmo que eu tivesse passado algumas poucas noites pensando se deveria tê-lo agarrado ali mesmo, sempre chegava à conclusão de que não ter feito havia sido a escolha correta, e com o tempo eu estava o esquecendo, deixando que aos poucos aquela imagem charmosa voltasse a se transformar na imagem "Suga, o badboy", afinal, eu não me apegaria tão facilmente à qualquer um.

Mas, droga, ele nunca poderia desistir de um objetivo, e de alguma maneira, eu havia me tornado seu objetivo.

De repente, descobriu onde eu morava, e como numa cena clichê de um filme qualquer da Netflix, jogou pedrinhas na janela de meu quarto no meio da noite.

E então eu menti para a minha mãe e meu pai, pulei a janela e nós corremos.

Descobri naquele dia que havia pegado emprestado ㅡ sua maneira de dizer que havia roubadoㅡ o carro de seu pai apenas para me ver. Nós entramos nele, mas não fomos muito longe.

Você trancou as portas do carro e durante nossa casual conversa, se aproximou e eu pude enfim sentir seus lábios.

Em poucos minutos dentro daquele carro, pude deixar a minha ignorância de lado para enfim entender porquê Suga era dono de tanta atenção.

Era lindo, sinceramente. Encara-lo por muito tempo era uma tarefa dolorosa, pois, por Deus, Suga era tão bonito que doía.

Mas mesmo encantado por cada parte de seu rosto e corpo, não tinha noção do quão viciado poderia me tornar num beijo.

Eu sempre odiei o aroma desagradável do tabaco, mas o sabor que sempre existia em seus beijos dos cigarros que ele sempre carregava misturado ao sabor das balas de morango que sempre tinha no bolso era algo viciante, e eu apenas não conseguiria nunca me livrar daquilo.