𝘾𝙖𝙥𝙞́𝙩𝙪𝙡𝙤 𝟭- 𝙊 𝙈𝙖𝙜𝙧𝙚𝙡𝙤 𝙚 𝙤 𝘽𝙧𝙪𝙩𝙖 𝙈𝙤𝙣𝙩𝙚𝙨

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 O Sol se pôs e a Lua reinava no céu. Os gêmeos Harper admiravam as estrelas, aproveitando o breu e a paz que vinha junto a elas. Entretanto, a tranquila noite fora interrompida, pois vampiros de capas escuras acompanhados por um cheiro forte de morte e terror haviam adentrado seu território.

— Harry... — chamou baixo, aproveitando a luz da lua que refletia sobre seu rosto.

— Sim, eu sei irmã. — respondeu no mesmo tom. — Eu também senti o cheiro deles.

— Eles estão ficando cada vez mais próximos. — avisou, desviando o olhar das estrelas para o gêmeo ao seu lado. — Você irá recebê-los, irmão?

— Eu deveria? — replicou ele, encarando-a de volta.

— Seria falta de educação se não o fizesse. — respondeu ela. — Você é o mais velho, é quem está encarregado dessas cortesias.

— Não gosto de receber visitas... — comentou, voltando o rosto para o céu com os olhos fechados. — Contudo, pareço não ter escolha que não seja dar as boas-vindas a eles.

Ele suspirou e abriu os olhos para contemplar as estrelas uma última vez, antes de ficar em pé no telhado da casa e espreguiçar-se.

— Vou dar meus cumprimentos aos nossos indesejados visitantes.

— Está com seu anel? — perguntou ela, levantando a sobrancelha.

— Sempre. — confirmou ele, levantando sua mão direita, a qual possuía um anel de prata com figuras de olhos talhadas em toda a superfície do metal.

O anel de olhos pertencente a Harry Harper é capaz de criar ilusões conforme o que o portador desejar, sejam elas oculares, olfativas, auditivas ou táteis.

— Sendo assim, veja o que querem e diga que mandei um "Oi" a eles. — pediu. — Vou ficar aqui mais um pouco.

— Como quiser, irmãzinha. — falou, dando um pequeno sorriso e desaparecendo logo em seguida.

A casa dos Harper ficava em uma clareira em uma das florestas da Europa, por isso, para que os vampiros invasores chegassem até eles, teriam que atravessar toda uma extensão territorial. Devido às condições impostas à casa, seria impossível achá-la sem que fosse o responsável por ela.

Caso alguém estivesse dentro da residência, também seria quase impossível encontrá-lo. Exceto se fosse procurado pelo maior e melhor rastreador que o mundo sobrenatural já viu, aquele que encontrava pessoas por meio do "sabor" de sua mente. Seu nome era Demetri Volturi e era ele quem os caçava, acompanhado por Felix Volturi, outro membro da guarda.

Harry via os dois vampiros explorarem todos os cantos da vasta mata, estavam procurando por ele e por sua irmã, finalmente ao pararem de se mover por alguns momentos, ele decidiu aparecer para os velhos companheiros.

— Ora, ora, ora o que temos aqui... — falou, surgindo sentado em um grande galho embaixo da copa de uma árvore na frente dos vampiros.

Ele observou os invasores, que usavam uma manta cinza escura, quase preta, um capuz da mesma cor, o qual o fazia recordar do tempo que passou sendo parte da guarda dos três Reis Volturi, juntamente com sua irmã e outros diversos vampiros, incluindo os dois em sua frente.

— Harry Harper... — disse um dos invasores, retirando o capuz. Felix fez o mesmo.

— Felix e Demetri Volturi. — disse Harry, encarando as figuras pálidas. — Já faz muito tempo, não?

— Sim. — respondeu Demetri, fitando o loiro encostado no tronco da árvore com uma das pernas no ar e a outra dobrada, de forma que ele pudesse apoiar seu braço no joelho. — Faz quase meio século desde a última vez em que nos encontramos, correto?

𝓞𝓼 𝓕𝓲𝓵𝓱𝓸𝓼 𝓭𝓮 𝓒𝓪𝓻𝓵𝓲𝓼𝓵𝓮 𝓒𝓾𝓵𝓵𝓮𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora