nas esporas da velocidade

prólogo.

   Aqui vai minha real confição meus amigos: eu quebrei (provavelmente) a perna do metidinho a besta vindo da Califórnia.
  Agora vocês me perguntam: mais Catarina foi de propósito? E... SIM FOI DE PROPÓSITO! Me arrependo? Óbvio que sim mais fazer oque se ele não queria me pagar meus cinco dólares? Nada óbvio.
-doutor!- Me levanto de imediato na cadeira de espera e aperto minhas mãos juntas- como ele está? Quebrou?
  O desespero do pobre coitado de seu amigo era evidente pois eu também estava da mesma forma, ele vai arrancar meu rim fora.
-bom não queria dizer isso mais, acabou fraturando bastante e o osso acabou de quebrando sim por conta do peso.- com perda das forças minha amiga cai comigo na cadeira, merda! Mil vezes merda!- ele quer falar com vocês e está no quarto 103.
  Xingar é meu modo de dessespero? Não mais agora seria um bom momento para eu começar até o fim da minha vida, principalmente quando não tenho coragem de olhar para a cara do bonitão deitado nesta maca.
   Ele era rico e isso era muito evidente pois até no quarto daqui do hospital ele depositou sua grana, oque não era pouco... Com estalar de língua ele ri, SIMPLESMENTE RI DA MINHA CARA!
-esta bem ferrada não é mesmo menininha?- sua voz era como tornado.
-quer meu rim?- já estrapolo- olha eu posso vender ele e vai sair muito grana, bom eu bebi noite passada... MAIS AINDA DÁ!
  Ele revira suas piscinas escuras e logo aparece um sorriso torto, put*** , vai dar m***, des****.
-eu quero algo muito mais muito melhor.- dizendo minha vozinha (que deus a tenha) a muito tempo atrás que quando estamos na merda temos que nos banhar certo? Certeira era essa velha caduca que quebrou o carro da minha mãe todo enquanto limpava seus óculos.
   Ainda bem que ela saiu ilesa, mais o carro que ela esqueceu de engatar o freio concerteza não... Tadinha dela tinha só 57 anos.
-mande aquele seu tio arrumar o quarto de hóspedes...- paro meus devaneios  quando arregalo rapidamente meus olhos- porque vocês tem uma ilustre presença.
  Foi cerca de dois segundos para eu voltar a sentir que algo cheirava mal, a claro não com dois deuses com perfumes caros neste lindo resinto que ferrou minha vida.
-espera... Você quer dizer... Que...- começo mais não termino quando seu amigo loirinho toma a palavra.
-VOCE VAI FICAR AQUI!?- com manear da sua cabeça e o resmungo de que falamos alto de mais ele decretou o errado na hora errada do dia errado.
   Ele? Na minha casa? Shiiiii vai dar problema... Mais espera era minha penitência que marquei com deus? Era aquilo? Fala sério né! Pagar MEUS pecados (provavelmente) da vida passada com um branquelo frouxo que nem o nó que minha mãe dá no pescoço do meu tio quando eles bebem? Não era realidade... Não podia ser DEUS!