5. Sorte do acaso

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Jeon Jungkook

— Então um dos seus amigos é nosso vizinho ? – perguntei, logo dando mais uma garfada naquele macarrão.

— Sim, mas não diria que somos amigos. - Soobin responde enquanto coloca mais massa no seu prato.

— Como não ?

— Hyung, eu acabei de conhecer ele, nem sei se quer mesmo ser meu amigo. – ele diz, dando de ombros.

— Bom, pelo o que você me disse, tenho quase certeza de que ele quer sim ser seu amigo.

— É, talvez. – ele faz pouco caso, mas eu vi o sorrisinho que ele tentou conter, o que me fez sorrir ainda mais.

Soobin é louco por comida italiana, então a escolha do restaurante não foi difícil.

Ele me contou como conheceu os amigos deles. Um deles é primo do Park, vai ser ótimo se Soobin e ele se derem bem.

Meu irmão também contou sobre os amigos do tal Yeonjun, Beomgyu e Taehyun, ele disse que os dois são uma figura.

Também teve outro, Kai, que conheceu na aula de inglês, eles fizeram dupla em uma atividade e algo assim.

Isso me deixa tão, tão feliz.

Não vejo o Bin conhecer pessoas desde o acidente.

E é óbvio que o falecimento dos nossos pais foi horrível pra mim, mas pra ele também não foi fácil.

Mas eu tive que me manter forte, mesmo sendo tão novo, porque precisava cuidar do meu irmãozinho.

Porém Soobin infelizmente não foi tão firme, e com toda a razão eu diria.

Ele tinha só 10 anos quando tudo aconteceu.

Entretanto superamos isso, não totalmente, mas melhoramos a cada dia.

E aqui, vendo o meu pequeno irmão brincar com o macarrão no prato...

— Para de cutucar o macarrão garoto ! – digo dando um tapinha na sua mão.

— Ai ! – ele solta o talher no prato.

— Eu já falei pra não brincar com a comida.

— Mas eu não tava...

— Tava sim que eu vi. Já acabou ?

— Aish. Já.

— Ótimo. – um garçom passa ao nosso lado e eu sinalizo para ele, que logo entende e se aproxima — Pode me dar a conta, por favor ?

Ele só murmura um "claro" e sai rapidamente.

Não demora muito e ele volta.

Pago a conta e rumamos à nossa humilde residência.

×××

Acordo com o barulho irritante do despertador.

Vida de trabalhador é um porre né ?

Levanto - só o corpo mesmo porque a alma ainda tá lá na cama - e ouço a minha barriga fazer um som estranho.

Acho que os quatro pratos de macarronada não foram uma boa ideia.

Entro no banheiro e tomo um banho de água gelada, pra ver se o espírito volta pro corpo.

Até que dá certo.

Termino de me banhar e escovo meus dentes.

Já limpinho e renovado, saio do banheiro.

The Good Wizard {HIATOS}Onde histórias criam vida. Descubra agora