Mess, words and where to find them (Livro de One Shots Camren)

the best of both worlds

Notas:

Então, amados.

Aqui estamos nós, na primeira one de várias outras que virão!

Tem bastante dedicação aí, por mais que eu não tenha corrigido tudo. Espero que não seja um problema para vocês rs

Há uma sugestão de música no final, ouçam para dar um clima, pois é importante.

Não esqueçam dos votos/comentários!

Boa leitura 😊

- Sun :)

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(Essa one NÃO CONTEM PERSONAGEM INTERSSEXUAL.)

Viver num mundo onde a constante busca pelo próprio prazer e satisfação sugere que façamos escolhas, seja na vida amorosa, na formação acadêmica, no trabalho ou até em coisas banais, como comprar um jogo novo que custa dois meses de um salário simples, é difícil. Às vezes, problemas simples trazem os enormes entre enfrentar um desejo próprio e uma responsabilidade.

Até uma identidade pode virar um enorme ponto de interrogação, gerando dúvidas fortes referente ao carácter das pessoas, indiferente de sua criação. Somos aquilo que buscamos, mesmo sem perceber, mas as vezes somos aquilo que queremos, por mais que seja por breves segundos ou milésimos da vida. Essa satisfação, no caso, é indispensável.

Crescer no mundo onde as pessoas exigem que você logo defina o que quer, sempre contando com o ditado do 8 ou 80, é muito difícil, e posso dizer que desde criança não me vejo querendo ser apenas uma pessoa. Nem querendo conhecer só um lugar... Odiando o fato de poder ter só uma família, por mais que eu os amasse, suprindo essa necessidade com amizades novas. Mas... eu até que separo bem as coisas.

"Hija, você tem certeza que não precisa de carona?" Minha mãe perguntou, entrando no camarim e removendo a peruca loira, logo indo até minha penteadeira para pegar os lenços e remover sua maquiagem pesada.

Parecíamos um verdadeiro show de Drag Queen enquanto nos desmontávamos.

E isso era uma parte importante da minha identidade. Ou melhor, das duas que eu tinha. O que dizer?! Sou como a Hannah Montana, e esses dois mundos são realmente maravilhosos!

"Não mamá, vou a pé." Comentei, removendo a peruca rosa e os óculos gigantes espelhados, que pareciam aqueles de esquiar. Isto estava na moda, e me ajudava a disfarçar melhor, então era meio indispensável.

Até porque eu era bastante conhecida por usar esse acessório, eles eram minha prioridade, junto com perucas e maquiagem, afinal, eu tinha uma tatuagem no rosto e uma no busto para esconder – assim como uma identidade menos pública. Não é muito comum, certo?

"Ok. Vai direto para seu apartamento?" Ela perguntou. Assenti, e logo minha mãe já se retirava, provavelmente para se arrumar também.

Nossas vidas eram bem corridas, mesmo. Mas eu gostava assim.

Me olhei no espelho, assim que passei o lenço para remover a maquiagem que cobria minhas tatuagens, sorrindo ao que meus cabelos curtos se libertavam aos poucos do sufoco que era vestir uma touca apertada para sustentar a peruca.