Capítulo 1

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Eram 06:30 da manhã, o despertador toca e imediatamente Itachi abre os olhos e desliga-o. Hoje não era dia de ficar um pouco mais na cama, já que sairia em missão com Kisame logo após uma reunião de instruções ministrada por Pain.

Itachi logo desperta completamente, vai até o banheiro para tomar banho e para em frente ao espelho. Se olhando por alguns segundos acaba preso em seus pensamentos, "Estou seguindo o melhor caminho, cada escolha, cada decisão, onde tudo irá me levar? Meu amado irmãozinho tem treinado o suficiente para que o que planejo ser minha punição por todos os meus atos seja cumprida em breve?".

Toc, toc. A voz de um dos serviçais do "castelo da Akatsuki" como Itachi gostava de pensar, é ouvida dizendo que a refeição estaria pronta em 5 minutos, e em 15, arrumadores entrariam nos quartos para deixa-los em ordem. Itachi como homem durão e de poucas palavras que sempre foi, nada responde, entra no box do banheiro e inicia seu banho.

Já na sala de reuniões Itachi chega e Kisame já se encontra no local. Os dois não se cumprimentam e Kisame apenas solta uma piada -Parece que apesar de gênio a pontualidade não anda com você. - De Itachi apenas uma reação -Hn - Logo adentra na sala com sua postura indiferente e sempre séria, Pain, aquele com os olhos que mais parecem as profundezas do mar, que mesmo para quem sabe nadar, pode ser fatal.

-Estou enviando vocês para a aldeia da Névoa, em busca de informações sobre o três caudas que um dia foi selado no mizukage e agora pode estar naquela região escondido. - Pain deu todas as instruções e informações que possuía e os dispensou para que os mesmos terminassem de pegar o necessário para a viagem e partissem, e assim o fizeram.

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Em Kirigakure, já havia escurecido, era tarde e na clareira da estreita floresta que havia perto da cidade estava uma linda garota de cabelos escuros quase azulados amarrados em um rabo de cavalo, e com duas mechas nas laterais do rosto soltas, uma bandana amarrada na testa com a identificação de quatro riscos levemente tortos que representava o símbolo da vila oculta da névoa. Além de ter um rosto com lindas orbes azuis e lábios sempre rosados, possuía também belas curvas e costumava vestir uma blusa vermelho vinho, de manga com capuz que chegava até pouco acima do umbigo e um short preto que nem chegava perto da metade da coxa. A região da barriga para não ficar a mostra, ficava coberto com faixas brancas enroladas que não era possível ver o começo e o fim, pois era coberto pelo short e blusa. Nas pernas, a partir da metade da coxa definida, também usava as mesmas faixas que chegavam aos pé e se escondiam dentro do tênis preto, calçado este que não era muito comum ver em mulheres naquela época.

A jovem treinava sozinha enquanto sua mãe ainda estava no trabalho esperando pelo horário que ela sairia de seu escritório, onde passava a maior parte do tempo. Ela sabia que sua mãe tinha sempre muito trabalho a fazer e não se queixava da ausência da mesma, pois, não era fácil administrar uma aldeia tão grande como Kirigakure. Sua única insatisfação era na super proteção de sua mãe que insistia em não permitir que ela saísse em grandes missões, ver seus amigos ajudando a vila em missões importantes e conhecendo novos lugares e pessoas a deixava frustrada. - Já é tarde, mamãe deve estar saindo - e assim a garota foi ao encontro de sua mãe, para não só acompanhá-la como filha, mas também proteger a Mizukage como a forte ninja que era.

-Olá, minha pequena, vamos para casa, vou fazer uma deliciosa sopa para você. - Disse a matriarca.

-Mãe, você não pode me chamar assim fora de casa, eu sou uma ninja e preciso que me respeitem como tal. - com uma cara de emburrada retrucou a jovem.

- Óh me desculpe, Hana poderosa Ninja da aldeia da névoa que sempre será minha pequena - diz e solta um lindo sorriso para a filha.

As duas seguiram caminhando e em uma certa altura, enquanto o silêncio finalmente tomou conta, Hana se pegou encarando a lua, como estava bela, e por um momento Hana para no lugar onde estava e fecha os olhos, a mãe que também para no mesmo instante, fica em silêncio. Ela já viu essa cena antes, mas há anos não acontecia novamente, ou a filha não lhe contara, após alguns segundos Hana abre os olhos e respira fundo, sem dizer o que acorrera em sua visão ela continua a caminhar. Mei era uma mulher jovem mas muito sábia, afinal era a Mizukage, título esse que era escolhido muito criteriosamente para aqueles que se destacavam em poder, estratégia, bondade e sabedoria, ela sabia que se sua filha havia escolhido não falar sobre o assunto, ela não insistiria, pois respeitava a privacidade e escolha da mesma.

Em casa, após o jantar, Hana se despede da mãe e sobe para o quarto. Já pronta para dormir, deitada em sua cama, ela começa a pensar a respeito de sua visão, "De novo esse cara, de novo essa visão, fazia tanto tempo e agora aparece cada vez mais. Quem é este homem que vejo e que parece tão triste e caminhando para um destino o qual há muito tempo tem esperado, a sua morte?". Ela não conhece o belo homem de cabelos cumpridos e olhos negros mas sabe que não é por acaso que ele aparece constantemente não só em seus déja vus como ela costuma chamar, mas também em seus sonhos. Porém, já tem dentro de si um sentimento de compaixão e uma imensa vontade de ajuda-lo a mudar seu destino.

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Capítulo sem muitas falas dos personagens. A intensão era apresenta-los e principalmente mostrar à vocês quem é a Hana, já que é uma personagem inventada por mim e a fonte é minha cabeça hehehe. Gostaria que vissem ela como eu imagino. Espero ter conseguido. Bjs, até a próxima ;)

P.S. A ilustração da capa não é minha e não consegui encontrar o autor, se souberem podem me avisar que farei a devida divulgação. Att.

Uma outra realidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora