O primeiro interrogatório com Cosworth havia sido um grande fracasso e esse bendito serial killer estava me dando nos nervos.
Tudo depois daquele interrogatório me dava nos nervos.
Esse Brendon Cosworth era mesmo um insolente, não sei porque diabos não o havia prendido.
ㅡ Carly, tem um momento? - Sam disse, enfiando a cara dentro do meu escritório.
ㅡ Claro, Sam, entra aí.
ㅡ Bem, de acordo com seu relatório, o Cosworth não disse muito, certo? - Assenti com a cabeça. ㅡ O advogado dele concordou em trazê-lo para ser interrogado mais uma vez.
ㅡ Olha, Sam, acho que isso vai ser meio inútil. Ele não parece saber de muito, e se sabe, está escondendo muito bem. - Argumentei. Não estava nem um pouco a fim de interrogar aquele sujeito mais uma vez.
ㅡ Ele ainda é o principal suspeito, Carly, e não é sempre que alguém como ele concorda em vir pra delegacia e ser interrogado pela segunda vez.
ㅡ Alguém como ele? O que esse cara tem de tão especial que todo mundo nessa divisão o trata como se fosse o presidente? Isso já está me dando nos nervos!
ㅡ Ele é, simplesmente, o segundo homem mais rico da América, Carlyle. Uma pessoa pública que pode ser gravemente afetada só por estar pisando numa delegacia. Então me faça um favor e o interrogue, sim? – Ele disse, impaciente.
ㅡ Tá bom, tanto faz. – Bufei, frustrada.
ㅡ Como vão as coisas com você? – Sam mudou de assunto.
ㅡ Tudo vai bem, a mesma monotonia de sempre. Sabe como é, né?
ㅡ E você tem… - Ele pigarreou ㅡ Saído com alguém?
ㅡTipo num encontro? Não tenho muito tempo pra isso.
ㅡ Ah sim. Se você… Sei lá, não tiver fazendo nada no sábado, quer jantar comigo?
ㅡ Acho que essa não é uma boa ideia, Sam.
ㅡ Só como amigos mesmo, Carly.
ㅡ Eu realmente preciso me focar nesse caso, pode custar a minha carreira.
ㅡ Oh Carly, um dia essa sua mania de levar o trabalho tão a sério vai te colocar em alguma enrascada. - Ele beijou minha testa e saiu da sala.
Passei o resto do dia analisando arquivo atrás de arquivo, procurando uma pista de quem diabos poderia ser aquele assassino. A lista de suspeitos era escassa, já que esse cara era praticamente um mestre no que fazia. Não haviam impressões digitais ou pegadas. Os corpos eram, na maioria das vezes, encontrados em subúrbios comandados por gangues latinas e nunca era possível encontrar marcas de sangue no local.
Ou sequer uma gota do mesmo.
Não sabia como, nem o porquê daquele bendito bandido drenar suas vítimas.
Alguns anos atrás se ouvisse a descrição dos corpos poderia jurar que esse bandido era, na verdade, um vampiro.
Como adolescentes podem ser idiotas.
Apaguei as últimas luzes da divisão e peguei o elevador em direção à garagem.
Cumprimentei Alan, o segurança, e entrei na minha GMCYukon.
A noite estava quente, como sempre, mas não era um calor incomodo. A lua brilhava cheia no céu e essa seria uma noite perfeita pra caminhar na praia.
Se eu ao menos fizesse isso.
Não que eu seja antisocial, tenho alguns amigos, porém, prefiro passar meu tempo aperfeiçoando o que faço e livrando as ruas de Miami de criminosos sem escrúpulos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bondage, Domination, Sadism & Masochism
RomanceAos vinte e três anos, Carlyle é nomeada tenente da divisão de homicídios da sua cidade. Muitos duvidam da sua capacidade profissional por conta disso, e pelo fato de que seu chefe tem uma queda por si. E as coisas pioram ainda mais quando a tal se...