capítulo 2

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*Dono da porra toda*

Voltan estava me esperando no vestiário, eu tinha voltado pro ginásio pois esqueci minha garrafinha de água. Entrei no ginásio e escutei zoada de bola. Victor estava focado em fazer uma sexta, porém ele parecia frustrado com algo, ele sempre errava a sexta, e olhe que ele é muito bom no basquete.
Fui em silêncio até a minha garrafinha e a peguei, só que como sou muito desastrada acabei tropeçando e derrubando a garrafinha no chão. Victor olhou imediatamente pra mim e ficou me encarando.

-Bisbilhotando?- fiz que não- então?

-Esqueci a minha garrafinha- peguei a garrafa do chão e me virei pra sair.

-Bárbara- parei e virei pra olha-lo- sobre ontem...

-Já sei, ninguém precisa saber?- ele fez que sim e assenti- calma Victor Augusto, eu não vou manchar sua reputação, assim como eu também não quero manchar a minha- pisquei pra ele e sair sem nem olhar pra trás. Eu odeio esse garoto.

O resto dá manhã passou voando, eu só tinha mais uma aula, precisava mesmo ir pra casa, estava começando a sentir cólica. Passei no meu armário e peguei o livro de história que eu havia esquecido e estava voltando pra sala quando sentir alguem segurando meu braço.

-Oh, Weed- falei sorrindo e ele retribuiu o sorriso.

-Bárbara, como está?

-Bem, muito bem- podia ver alguns meninos do time de longe, parecia mais uma plateia- está curtindo a escola?

-Sim, mas, eu estou curtindo outra coisa- ergui a sobrancelha tentando entender- curtindo você- no minuto seguinte ele me beijo.

Nossa, que lábios macios, me entreguei no beijo mas não sei porque aquilo estava me dando uma sensação ruim. Parei de beija-lo e o olhei esperando uma explicação.

-O que foi isso?- o encarava esperando uma resposta.

-Um beijo- ele disse de forma óbvia- você não queria?

-Não é isso, mas você não acha que está se atirando de mais?- ele fez que não- reza pro meu irmão não saber disso.

Sair dali sem falar nada e entrei na sala. Fui pro meu lugar e Voltan ficou me encarando, disse pra ela que depois contava e olhei pro quadro começando a escrever.
Se Crusher souber disse ele vai ficar uma fera, ele sempre deixou bem claro que não me queria de rolo com os caras do time, pois todos eles eram galinhas, até ele próprio, e também fez os meninos prometerem que não iam chegar perto de mim com segundas intenções. Ele me protegia de uma forma tão intensa, eu podia ver que ele só queria o meu bem. Se ele souber que Victor e eu demos um selinho, também estou lascada.

Victor on

Estávamos todos no vestiário, o treinador Bruno falava sobre o jogo de sábado. Íamos jogar contra os nossos maiores rivais, a PaiN. As semi finais seriam bem decisivas, temos que nos classificar.

-Então é isso rapazes, e por favor, joguem em equipe, passem sempre a bola, nada de egoísmo.

Ele finalizou e saiu nos deixando sozinhos. Comecei a me despir e vi quando Weed entrou, ele não ia jogar, chegou agora, tem que ficar no banco mesmo.

-e então Weed- chamei a atenção dele e os meninos pararam o que estavam fazendo pra escutar- conseguiu?
-Conseguiu o que Victor?- Crusher perguntou.

-O rito de passagem do time, ficar com três garotas, uma de cada ano do ensino médio- Crusher fez cara de entendido e olhou pro Weed esperando a resposta.

-Consegui- ele se gabou e rir daquilo- posso ir na festa sábado depois do jogo?- fiz que sim.

- a gente vai almoçar no refeitório, e lá você vai apontar pras meninas que você pegou, pra termos certeza- ele assentiu e peguei minha toalha indo pro chuveiro.

Capitão do Time • Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora