CAPITULO 1- Oportunidade

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Já pensou se em um estralar de dedos você pudesse mudar toda sua vida? Se sim o que você faria primeiro?   Seria tão bom se o controle das nossas vidas estivesse em nossas mãos,não acha?

Escolheríamos ser feliz sempre, ir pelo caminho mais fácil e ter tudo do bom e do melhor, sem ao menos se esforçar. Mas se isso fosse possível, não teríamos gratidão pelas coisas e nem saberíamos o valor de gestos pequenos. O sofrimento, o medo de perder, as dificuldades nós transformam em pessoas melhores. Você pode não acreditar mas é necessário quebrar a cara para aprender, não existe aprendizagem melhor do que falhar.  Mas e quando não temos culpa do nosso presente o que devemos fazer? Me pergunto isso a vida toda mas até hoje não encontrei a resposta.

  Me chamo Charlotte Jones, tenho 17 anos moro em Londres na Inglaterra e tudo que eu mais queria era poder mudar a história da minha vida. Fui abandonada pelos meus pais quando tinha 14 anos de idade e desde então moro nas ruas, tenho que descobrir uma maneira de sobreviver todos os dias e tudo o que eu queria era poder ter uma vida melhor. 

  Todos os dias sou obrigada a conviver com os assédios e com o medo do que podem fazer comigo, não me lembro da última vez em que consegui dormir sem ficar acordando toda hora com medo de ser violentada ou algo do tipo.

Estava encostada em uma parede de um restaurante pensando em como poderia fazer para sair dessa vida até que adormeço. Acordo com uma voz grave falando algo bem alto, abro os olhos lentamente e vejo um homem que aparentava ter uns 40 anos de idade, ainda meio sonolenta encosto na parede novamente e o ignoro. Acredito que ele não estava falando comigo

-Moça, estou falando com você! - Diz o homem novamente 

-Desculpe, pensei que não era comigo. Quer alguma coisa?

-Há quanto tempo você está nesta situação? Me parece ser tão jovem, vamos comer algo para conversamos melhor? - Diz ele 

-Me conhece de algum lugar por acaso? Desde quando um homem como o senhor falaria comigo?

-Não te conheço, mas acredito que deve estar com fome. Vamos comer algo? Não vou te fazer mal acredite.

  -Vamos sim! 

1 No início eu fiquei com medo de aceitar a proposta mas estava com tanta fome que não hesitei em ir, faz tanto tempo que eu não sei o que é comer uma comida de verdade. Me levanto de onde estava e fico envergonhada de andar do lado dele, não estou vestida adequadamente para ir à um restaurante e nem algo do tipo, acredito que devo estar fedendo também. 

-Você está bem? -Pergunta ele 

-Estou envergonhada de sair ao seu lado, nem me lembro a última vez que conversei com alguém.

-Pare de ficar pensando nisso, quero te ajudar. Você pode me falar o seu nome?

-Me chamo charlotte e você? 

-Prazer charlotte, eu me chamo Thomas. Quantos anos você tem?

-Eu tenho 17 anos. Quero saber o que você quer comigo, que enrolação!

-Que mocinha apressada, bom vamos naquela padaria que eu te conto. -diz ele me guiando para a padaria do outro lado da rua. 

Chegamos ao local, era uma padaria bem bonita, tinha o estilo meio retrô com os moveis todos de madeira. fazia tanto tempo que eu não via várias opções de comida assim.

-O que você vai querer comer? -ele diz me olhando com seus lindos olhos cor de mel

-E ER, eu não sei o que escolher, você pode escolher por mim? -Digo, envergonhada!

-Senta ali, vou escolher algo para você! -Ele diz se dirigindo para a bancada!

Sento em uma mesa, ao lado da janela, a mais escondida poís me senti envergonhada pelo estado que eu estava. Vejo ele vindo em minha direção com um monte de comida ,minha boca encheu de agua 

-Servida? -Diz ele colocando o prato na mesa e sentando em minha frente.

-Obrigada! -Digo pegando um guardanapo e pegando um donalts 

-Me diz o que aconteceu com você? -ele pergunta 

-Não me lembro de muita coisa, um dia eu fui dormir e acordei aqui na rua, sem meus pais. -Digo com os olhos cheios de lagrimas

-Você tinha uma casa, falia antes? - pergunta com um olhar de curiosidade 

-Tinha sim, morava em uma casa bem grande com meus pais. Eles eram donos de uma empresa da qual eu não me lembro o nome.

-Posso te ajudar a encontrar o seus pais e a ter uma vida melhor, o que acha? 

Olho para ele com um olhar desconfiado, estou com medo da proposta dele afinal não sei se ele é uma pessoa boa...

-E qual seria a proposta? -Pergunto interessada no assunto

-Posso te oferecer um emprego, como assistente geral .Você cuidaria da limpeza, ficaria responsável por arrumar as coisas e eu te darei um teto e um salário mínimo. O que acha?

-Não vou mentir, me interessei pela proposta mas como posso ter certeza de que você não me faria mal? -pergunto dando uma mordida no pão

-O que eu ganharia para te fazer mal, senhorita? Eu quero ajuda-la . -Diz ele tomando um gole de suco.

-No momento eu não sei o que responder, preciso de um tempo para pensar. -Digo me levantando da mesa e indo em direção á porta.Essa pode ter sido a pior burrada da minha vida mas o medo falou mais alto. 

Volto para o mesmo lugar que estava quando ele me encontrou e começo a pensar sobre a proposta que ele me fez, sinto medo de aceitar e ele acabar me machucando. Acabo adormecendo novamente.

No outro dia acordo com o barulho dos carros, abro os olhos e ouço o meu estomago roncar. Não vou negar estou com fome, começo a lembrar do thomas fecho os olhos e fico me lembrando das palavras que ele me falou.

-Charllotte! -ouço uma voz grossa novamente e sinto meu coração acelerar. 

-THOMAS? -Pergunto supresa com a presença dele novamente. 

-Me acompanhe por favor, quero te mostrar algo mas peço que acredite em mim! - diz ele me estendendo a mão, e agora vou ou não?

ALWAYSOnde histórias criam vida. Descubra agora