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530 a.C. Saís, Egito Antigo.

O sol fulgurava forte no céu sobre a cidade de Saís, a capital do Egito. As pessoas em Saís caminhavam de um lado para outro, comprando tecido, arando a terra e fabricando ânforas. A vida seguia seu curso normal.
  No meio da feira, duas figuras incomuns caminhavam juntos em direção ao palácio do faraó: o tabelião Khenet, que sabia falar grego, e Edimeus, um homem vindo de Náucratis, colônia grega localizada há 52 km de Saís.
  Ambos queriam descobriu o túmulo de Sheran, um nobre elamita que fora assassinado em algum lugar do Delta e enterrado com sua fortuna em ouro.
  A história de Sheran tornara-se uma lenda popular. Em 648 a.C, Shamash-Shum-Ukin, rei da Babilônia declarou guerra contra seu irmão mais velho, Assurbanipal, rei da Assíria. Após o avanço babilônico, os reis de Elan reforçaram suas defesas, mas o rico mercador, Sheran, decidiu abandonar sua terra e se mudar para o Egito. Aconteceu que sua esposa o assassinou e lhe roubou várias cestas de ouro. E segundo a lenda, os parentes dele, construíram uma tumba e guardaram lá toda sua fortuna.
- Edimeus, essa história não passa de uma lenda - disse Khenet em grego.
  O espartano negou com a cabeça.
- Negativo, quando estava na feira ouvi um filósofo dizer que sabia onde se encontrava o túmulo de Sheran.
- E você acha que esse sábio nos ajudará?
  Edimeus, sorriu.
- Sim, ele é um erudito grego, veio ao Egito estudar a filosofia e esoterismo de Saís.
- E como vamos entrar no palácio do faraó Amásis?
- Eu sou capitão dos mercenários gregos e você é um tabelião, ambos servimos a Amásis. Com certeza teremos acesso.
  Khenet teve de  concordar.
- E como é o nome desse sábio? - Khenet quis saber.
- Se não me engano, chama-se Pitágoras.

Aquele que Jamais RepousaOnde histórias criam vida. Descubra agora