9. Apologize

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Revisado!

Assim que Harry desligou na minha cara eu encarei um ponto fixo na parede tentando controlar o choro que queria sair, meus pais me encaravam receosos e confusos, pareciam pensar se falavam algo ou permaneciam em silêncio. Respirei fundo os encarei uma última vez e fui para o meu quarto em silêncio, me sentei na minha escrivaninha e peguei papel e caneta.

"Sabe Harry, você não é bom com promessas, essa coisa de cartas era para ser algo nosso mas você simplemente parou de me responder, você prometeu ao meu pai que nunca teria nada comigo e se envolveu, às vezes eu tenho vontade de aparecer na sua casa e te levar para um daqueles dias clichê onde a gente passeia por aí e se conhece, mas a vida não é um romance adolescente né. Às vezes quando estou triste eu gosto de me lembrar das minhas viagens com meu pai, da gente fazendo uma baita bagunça nos quarto de hotel, gosto de lembrar das minhas conversas da madrugada com a Sabrina onde planejamos fazer tudo o que sonhamos, viajar o mundo e conhecer os lugares mais estranho e diferentes, talvez encontrar um romance em um desses lugares, e depois quando eu finalmente for embora escrever sobre esse coração partido, talvez até uma música, sou boa em compor também. Eu me lembro quando tive minha primeira crise de ansiedade, eu tinha 13 anos, meu pai entrou no meu quarto e me pegou no colo, ele me colocou no carro e saiu dirigindo, ninguém disse nada, ele apenas abriu os vidros e eu coloquei a cabeça para fora e gritei, era de madrugada e eu achei aquilo incrível, a sensação de ser livre, eu quero ser livre Harry, você é problema, isso é óbvio, mas eu amo a sensação de ser livre com você, sua presença já me causa essa sensação, talvez não sejamos perfeitos um para o outro, mas saiba que você é exatamente o tipo cara com quem eu ficaria, e é o meu coração que vai acabar partido.

Spring!".

Coloquei a carta em um envelope, tomei um banho, me arrumei e fui em direção ao meu carro.

- Vou sair, tenho uns problemas para resolver.- Falei passando pelo meu pai no jardim e ele concordou.

Dirigi até o apartamento de Harry, assim que parei em frente à sua porta respirei fundo várias vezes e por fim só deixei a carta na caixa de correio e fui embora, dirigi com calma até a casa do Louis que estava entrando no carro quando eu cheguei.

- Ei, eu estava indo na sua casa agora.- Ele falou fechando a porta.- Me desculpa por isso, eu odeio quando as pessoas que eu amo são arrastadas para a loucura que a minha vida é.- Ele passava a mão no cabelo impaciente.

- Para Louis.- Abracei ele.- Não é sua culpa, essas pessoas criam histórias para chamar atenção e está tudo bem, eu sabia disso quando aceitei fazer parte da sua vida e eu não mudaria nada.- Falei com o rosto enterrado no peito dele.

Just Let Me Adore You/ H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora