Capítulo I - Confusões

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Baekhyun

Mais um ano que começa e eu agradeço por ser meu último ano no inferno que é o ensino médio. Já estava com um pé na universidade devido às minhas notas altas e ótimo comportamento. Talvez iria para o exterior. Ainda era algo a se discutir com meus pais.

Havia chegado a poucos minutos no prédio da escola, me encontrava esperando meus melhores amigos no banco que havia ao ar livre. Era raro quando eles chegavam antes de mim, afinal Luhan faltava querer explodir as pessoas daqui e Wendy detestava ter que sair de sua preciosa cama.

— Baek sinto que até o fim do ano ponho fogo em alguém. — a voz raivosa, mas melodiosa do mais velho soa em meus ouvidos. — Mal cheguei e já tem sururu me olhando atravessado.

Rio baixinho, erguendo meu rosto podendo ver a face do garoto avermelhada de raiva. Mesmo querendo parecer bravo continuava parecendo um bebê.

Me movo para perto do maior, o abraçando de lado. Mesmo com essa posse de "não me toque" eu sabia muito bem que ele gostava dos meus carinhos. Deixo um selar entre seus fios.

— Não ligue pra eles, Lu. — faço um carinho suave em sua cintura. — Só irá desperdiçar o seu tempo.

Ele parece ponderar por uns instantes. Só pareceu mesmo.

— Talvez tenha razão... Mas isso não diminui a minha vontade de tocar fogo nesse lugar. — fala com um sorriso maléfico nos lábios. — Nós três seríamos ganhando.

— Nem pense em fazer isso antes de eu, pelo menos, ter dando uns beijos na dona da minha vida.

Dou um pulinho assustado junto do mais alto, que não se contentou só com isso.

— Tá maluca garota? Eu hein. — a loira revira os olhos, se sentando a nossa frente. — Mas o que te deu 'pra chegar tão cedo? Caiu dá cama foi?

Ela faz um bico emburrado, arremessando a mochila no ser atrevido ao meu lado.

— Não tô pra gracinhas hoje, seu peste. — a baixinha suspira. — As aulas nem começaram e já tem gente ciscando ao redor da minha futura namorada.

— Mas isso sequer é novidade. Sabemos bem que a Sooyoung é e sempre foi popular. — o mais velho dita. — Eu não acredito que ainda está nessa. Devia passar 'pra outra.

A garota ri.

— Creio que você não pode falar muito de mim, senhor Lewis. — o tom sai irônico. — Acha que nós não sabemos da sua paixonite no nosso amado capitão do time de futebol.

— E por que iria me interessar por um perna de pau, que nem 'pra jogar bola serve? — ele destenha.

— Não seja hipócrita. Tu sabe bem que ele joga muito. — resolvo me manifestar. — Mesmo vocês dois tendo briguinhas toda hora, sabe que está mentindo agora.

O moreno me olha ofendido, como se acabasse de contar a maior mentira da história. Ele é meu amigo, porém tem que aprender a separar as rixas diárias com o jogador e aceitar que o capitão do Eagles manda muito bem de bola sim.

— Está defendendo aquele idiota? — seu timbre aumenta um pouco. — Sabe o motivo de eu nem querer olhar na cara daquele infeliz de uma figa. Tenho motivos plausíveis 'pra isso.

— Motivos? Nem eu e nem ninguém sabe o porquê de vocês viverem aos tapas e farpas. — resolvo jogar as cartas na mesa. — Lu, o que aconteceu entre vocês? O que te deixou tão mal a ponto de detestar até respirar o mesmo ar que ele?

Não ouve reposta. Sabia que havia algo ali. Algo que o garoto tinha vergonha, e quem sabe até, medo. Sim, tinha medo nos olhos escuros do mais velho, mesmo que ele tenha se recomposto, pude ver uma mistura de decepção e medo.

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⏰ Última atualização: Jul 12, 2020 ⏰

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