Capítulo I

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Abro lentamente meus olhos. Estou deitado na calçada. O sol rachando sobre minha cabeça e uma dor na nuca terrível. Não me lembro de nada.

Que lugar é esse?

Como vim parar aqui?

Por que estou com essa dor?

Levanto-me e percebo que a rua está deserta, não vejo ninguém que possa me ajudar. Observo as casas. Todas muito velhas e mal cuidadas, dando a impressão de que há muito tempo ninguém passara por ali. Muros sujos, janelas quebradas, telhados destruídos eram o padrão das casas da rua.

Então me dei conta de que estava suando horrores, Aquele sol forte e eu vestido com uma jaqueta.  Ao retirá-la, um pedaço de papel cai do meu bolso. Enquanto me abaixo, o vento quase leva embora aquilo que pode ser minha única fonte de de informação no momento. Corro e consigo pisar sobre o bilhete. Abaixo-me novamente e o junto do chão. Ao abri-lo, um endereço: Rua Panamá, nº 342.

Decido ir até à esquina para ver a placa da rua e saber onde estou. Para minha surpresa estou na exata localização: Rua Panamá com a Rua México. Fui atrás do nº 342. Era um Chateau antigo situado ao fim da rua. Muito bonito, mas assim como as outras residências, parecia abandonado.

Abro o velho portão e caminho em direção à entrada. O jardim de mato alto esconde algumas esculturas que denunciam que há muitos anos aquele lugar deveria ter sido maravilhoso.

Subo os dois degraus da frente da casa. Tento observar alguma coisa pela janela, mas a sujeira acumulada há tempos não me deixa nada com nitidez. Chego mais perto da bela e grande porta vermelha da entrada. Para ela parece que o tempo não passou, pois enquanto tudo ao redor cai em pedaços, a porta está ali, como se tivesse sido colocada ontem, inclusive com as iniciais CL feitas em bronze penduradas nele. Reparo que ela está ligeiramente aberta e resolvo entrar.

O que será que haveria lá dentro?

Encontrarei as respostas que procuro?

Abro a porta. 



O CONDADO DE LANDONOnde histórias criam vida. Descubra agora