01

1.2K 51 2
                                    

-Finalmente em solo carioca- penso comigo mesma enquanto passo o olho pelo aeroporto de Santos Dumont procurando por qualquer vestígios da minha mãe ou meu pai.

-Olívia?- escuto uma voz conhecida atrás de mim e me viro.

-Mamãe?- sorrio e corro a abraçando- que saudades que estava.

-Também estava com saudades pequena- diz me abraçando forte.

- Assim você me sufoca- digo rindo- nem parece que nos vimos mês passado. Aliás, cadê o papai e o Guto?

- Seu pai está em casa com o Guto, e com alguns amigos- ela diz enquanto começa a andar em direção ao carroe eu a sigo.- tem algum problema?- pergunta.

- Nenhum, só estou doida pra ver eles- digo ansiosa.

- Eles também estão, principalmente seu irmão.- ela diz entrando no carro.

- Saudades do nosso amuletinho da sorte- digo colocando as malas no banco de trás e entrando também no carro, e ela da partida.

- O trânsito no rio hoje não está muito bom, isso significa que podemos colocar o papo em dia- ela diz e me olha de canto.

- Ah, mãe- digo manhosa.

- Bora garota, pode começar a desembuchar.

- Eu terminei com o Donelli.- digo de uma vez

- Nossa, uau. Bem direta- ela diz surpresa- o que ele fez?

- Como sabe que ele fez alguma coisa?

- Instinto de mãe, confia.

- Ele me traiu- digo e dou uma pausa dramática- com a Duda.

- Ai, que canalha- ela diz e eu rio- eu juro que se ele cruzar o meu caminho vou testar minhas aulas de muy tay com ele.

- Se eu fosse você não gastaria seu precioso tempo com ele.

- Mas e você, como está?

- Bem, agora eu estou bem. No início foi difícil, eu gostava tanto dele- suspiro- mas foi mais difícil ainda descobrir que era com a Duda. Mas tem tempo, eu superei.

- Tem tempo?- ela para no sinal vermelho e me olha surpresa.

- Tem?! desculpa  por não ter contado antes mãe, eu só não estava pronta pra falar. Nós terminamos dois dias depois que você voltou para o Rio, e eu queria te contar pessoalmente.

- Tudo bem, eu te entendo.- ela diz- eu só quero que você confie em mim, e sempre me conte tudo, ok?

- Pode deixar mãe.

- Ótimo- ela diz e suspira- mas pensa pelo lado positivo.

- Tem um lado positivo isso?

- É claro que tem, você pode ficar com os gatinhos do Rio.

- Mãe!!- a repreendo mas logo caio na risada junto com ela.

Vamos conversando sobre tudo o que aconteceu durante a última vez que nos vimos, sobre o meu futuro, e sobre o Flamengo até chegar em casa.

- Bom, chegamos- mamãe diz tirando o cinto.- pronta?- pergunta e sai do carro.

- Eu nasci pronta- tiro o cinto e desço do carro.

- Depois seu pai pega suas malas, vamos entra logo. Vou te apresentar pro pessoal.- ela vai entrar e eu a sigo pelo enorme Jardim da casa onde se encontrava um monte de gente cantando, na piscina e fazendo churrasco. Gente que eu reconheci ser grande parte do elenco do Flamengo

- OLÍVIA- escuto a voz do meu pai me gritando enquanto vem na minha direção com meu irmão e me abraçando.

- Você está molhado, pai.

- Saudades de você também, ingrata- rio.

- Também amo você- digo retribuindo o abraço molhado- Baby guto- digo pegando ele no colo- a irmã estava com tanta saudades de você- falo e ele aperta meu nariz fazendo meu pais rirem.

- Por que você não sobe pra colocar um biquíni, e eu te apresento pro pessoal.- meu pai sugere.

- Minha mala está no carro ainda

- O seu pai pode pegar, né amor?- minha mãe diz olhando pra ele que concorda- enquanto isso vamos subir e eu te empresto um biquíni.

- Pode ser então.

minha mãe entra na casa eu sigo ela até o seu quarto e fico olhando tudo enquanto ela procura uns biquínis.

- Você pode escolher qualquer um.

- vou querer esse- digo pegando um verde água.

- Você pode se trocar no seu quarto- ela diz saindo e indo pra um cômodo do lado do seu- ainda não está a sua cara mas você pode arrumar ele com o tempo- diz e abre a porta.

- obrigada.

- vou te esperar lá embaixo- diz pegando o Guto do meu colo- não demora.

- tá bom.

THE BEST |•Reinier Jesus•|Onde histórias criam vida. Descubra agora